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cobertura (oferecem maior número de gotas/cm
2
), assim como propiciam
maior capacidade de penetração, e são recomendadas quando são
necessárias boa cobertura e boa penetração. Entretanto, gotas pequenas
podem ser mais sensíveis à evaporação e aos processos de deriva.
A qualidade do espectro de gotas é um fator importante na definição do
risco de deriva.
Espectros com elevada amplitude de variação do tamanho de gotas costumam
ter elevada quantidade de gotas muito finas (menores do que 100 μm)
misturadas às gotas do diâmetro desejado, potencializando o risco. As gotas
menores do que 100 μm são facilmente carregadas pelo vento e se evaporam
muito rapidamente, sofrendo mais intensamente a ação dos fenômenos
climáticos. Em aplicações aéreas considera-se um limite mais rígido, de 150
μm, devido à maior distância existente entre a máquina e o alvo, bem como à
própria turbulência gerada pela aeronave em voo. No entanto, é importante
reconhecer que a deriva não começa ou para nesses limites de 100 μm
ou 150 μm. O potencial de deriva aumenta gradativamente à medida que
as gotas se tornam menores que esses diâmetros e, continuadamente,
decresce à medida que elas se tornam maiores. Gotas menores que 50 μm
tendem a permanecer suspensas no ar indefinidamente ou até a completa
evaporação.
Independente da quantidade em que ocorre, a deriva na aplicação de
produtos fitossanitários pode causar contaminação ambiental e danos às
áreas vizinhas, além da potencial redução da eficiência dos produtos. Em
suma, a deriva é um fenômeno que depende dos seguintes fatores:
Técnica de aplicação (por exemplo, o tipo de ponta ou atomizador,
com o seu correspondente espectro de gotas);
1...,56,57,58,59,60,61,62,63,64,65 67,68,69,70,71,72,73,74,75,76,...78