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Com o apoio de programas governamentais de acesso ao crédito, produtores familiares, como Luiz Amaral Branco de Nova Aurora (PR), investem em maquinário agrícola

Inicialmente o Pronaf foi gerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mas hoje está sob a competência do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e abrange públicos distintos: silvicultores, aquicultores, pescadores, extrativistas, comunidades quilombolas, etc. Segundo o último censo agropecuário, o de 2006, a agricultura familiar abrange um universo de 4,37 milhões de estabelecimentos rurais.

Desse total, 2 milhões de agricultores têm a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Em outras palavras, eles preenchem os seguintes requisitos: área de até quatro módulos fiscais; utilizar mão de obra familiar, em caso de empregados, o máximo permitido são dois; morar na propriedade ou próximo dela; ter uma renda bruta anual de até R$ 110 mil.

Ideologia

Mas de onde vem essa imagem do Jeca Tatu? “Temos um milhão de famílias rurais em situação de pobreza. Cada um classifica como quer, se a pessoa tem preconceito pode dar este nome, mas na verdade são agricultores pobres”, diz Hur Bem Corrêa da Silva, assessor técnico do Departamento de Assistência Rural do MDA.

“São o que eu chamo de agricultores de subsistência, os que estão fora do mercado e recebem bolsas compensatórias: bolsa família, etc”, diz Marly. A outra parte, pouco mais de um milhão, está na fase de transição, começando a se consolidar como agricultores mais viáveis economicamente.

Essa nuance do setor muitas vezes confunde as pessoas e as levam à dicotomia: agricultura familiar X agricultura empresarial. “Esse campo de batalha é ideológico e acontece no âmbito das lideranças sob o aspecto político e partidário”, diz Marly. “Eles não são concorrentes: o agro empresarial tem seu espaço

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