Page 260 - MODELO

This is a SEO version of MODELO. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »

garantido pela contribuição ao desenvolvimento econômico do País e a agricultura familiar também”, diz Silva.

Quanto à tecnologia, as duas vêm se mecanizando a medida do possível. A grande diferença está na gestão da propriedade. Na agricultura familiar, a família toca o seu negócio. “Ela pode fazer investimentos que nem sempre são lucrativos, mas o faz em função de necessidades familiares”, diz Silva. Já na agricultura empresarial, a lógica é a do mercado.

Questionamentos

A evolução dos beneficiários do Pronaf é fato. No entanto, como toda política pública, há alguns questionamentos. Um deles foi levantado pela academia. “A lei fala em agricultores rurais, mas há muitos produzindo em áreas urbanas e periurbanas”, diz Marly. Outro adendo é na restrição de dois empregados. “Isso deveria variar de atividade para atividade. O agricultor familiar que produz flores precisa de mais de dois funcionários”, completa Marly.

Para Edivando Soares de Araújo, pescador em Barra Bonita (SP), a burocracia é o principal entrave. “Precisamos ter a carteira de pescador para poder pescar. Na minha comunidade, tem pescador que mandou renovar há seis meses e não está pronto”, diz. Já para o índio Anildo Lulu, produtor de mandioca da região de Bauru, “a dificuldade é acessar o recurso, porque no passado, alguns índios pegaram crédito, mas não tiveram assistência técnica, não produziram e não pagaram”.

Page 260 - MODELO

This is a SEO version of MODELO. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »