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« Previous Page Table of Contents Next Page »compensatórias: bolsa família, etc”, diz Marly. A outra parte, pouco mais de um milhão, está na fase de transição, começando a se consolidar como agricultores mais viáveis economicamente.
Essa nuance do setor muitas vezes confunde as pessoas e as levam à dicotomia: agricultura familiar X agricultura empresarial. “Esse campo de batalha é ideológico e acontece no âmbito das lideranças sob o aspecto político e partidário”, diz Marly. “Eles não são concorrentes: o agro empresarial tem seu espaço garantido pela contribuição ao desenvolvimento econômico do País e a agricultura familiar também”, diz Silva.
Quanto à tecnologia, as duas vêm se mecanizando a medida do possível. A grande diferença está na gestão da propriedade. Na agricultura familiar, a família toca o seu negócio. “Ela pode fazer investimentos que nem sempre são lucrativos, mas o faz em função de necessidades familiares”, diz Silva. Já na agricultura empresarial, a lógica é a do mercado.
Questionamentos
A evolução dos beneficiários do Pronaf é fato. No entanto, como toda política pública, há alguns questionamentos. Um deles foi levantado pela academia. “A lei fala em agricultores rurais, mas há muitos produzindo em áreas urbanas e periurbanas”, diz Marly. Outro adendo é na restrição de dois empregados. “Isso deveria variar de atividade para atividade. O agricultor familiar que produz flores precisa de mais de dois funcionários”, completa Marly.
Para Edivando Soares de Araújo, pescador em Barra Bonita (SP), a burocracia é o principal entrave. “Precisamos ter a carteira de pescador para poder pescar. Na minha comunidade, tem pescador que mandou renovar há seis meses e não está pronto”, diz. Já para o índio Anildo Lulu, produtor de mandioca da região de Bauru, “a dificuldade é acessar o recurso, porque no passado, alguns índios pegaram crédito, mas não tiveram assistência técnica, não produziram e não pagaram”.
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