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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO

Veículo: Painel Florestal Data: 21/11/2011

Link: http://www.painelflorestal.com.br/noticias/artigo/13522/ Caderno / Página: - / -

Assunto: O carvão vegetal de Macaúba a Babaçu é melhor?

O carvão vegetal de Macaúba e Babaçu é melhor?

Côco no cabelo, casca no churrasco

Foto: Google Babaçu

O Brasil já sofre os efeitos do anunciado "apagão florestal" decorrente do descompasso entre a crescente demanda por produtos madeireiros e o plantio insuficiente de florestas para exploração. Isso inclui a produção de carvão vegetal para fins comerciais, industriais, rurais e domésticos: de acordo com o Plano Nacional de Agroenergia 2006-2011, elaborado pela Embrapa, estima-se que 3 milhões de hectares de eucaliptos sejam exclusivamente dedicados à transformação em carvão vegetal, a cada ano. E ainda tem a lenha das padarias, pizzarias e outros negócios movidos a fornos caseiros; a madeira dos móveis, pisos, telhados e construções; a celulose do papel e assim por diante.

Só o consumo industrial de carvão vegetal - com destaque para siderúrgicas e metalúrgicas - fica em torno de 45 milhões de metros cúbicos por ano. E ainda tem o churrasco de fim de semana, que leva pouquinho carvão de cada vez, porém é multiplicado por 190 milhões de brasileiros.

O cômputo do produto clandestino - roubado das nossas matas e queimado à custa de trabalho degradante - é bem difícil de fazer. Mas o mesmo estudo da Embrapa estima que 72% do carvão vegetal sejam provenientes de florestas plantadas e 28%, de florestas nativas, em todo o país.

Não é preciso fazer muita conta para concluir que precisamos de alternativas energéticas para - a um tempo - escapar do "apagão florestal" e eliminar de vez a conversão de vegetação natural em aço, ferro-gusa ou churrasco, seja no Cerrado, na Caatinga ou em qualquer outro bioma. Neste contexto, é bom assoprar a brasa de estudos comparativos como o realizado pelo engenheiro florestal José de Castro Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e os pesquisadores Luiz Ernesto George Barrichelo e José Otávio Brito, ambos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

Eles avaliaram o desempenho do carvão vegetal de eucalipto (Eucalyptus grandis) e do carvão feito com as cascas (endocarpo) de dois coquinhos bem brasileiros: o de babaçu (Orbignya phalerata) e o de macaúba (Acrocomia sclerocarpa). "O carvão dos coquinhos não sacrifica a planta e há notícias de palmeiras com 150 anos ainda produzindo e prestando serviços à natureza", observa Castro Silva. Mas não é só: na ponta do lápis, o carvão dos coquinhos também é mais eficiente. Muito mais eficiente.

"Usamos fornos semelhantes aos de siderúrgicas e metalúrgicas para a comparação, mas no uso

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