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« Previous Page Table of Contents Next Page »doméstico o carvão de coquinhos também é superior: enquanto o carvão de eucalipto produz calor durante uma hora e meia a duas, a mesma quantidade de carvão de babaçu ou de macaúba produz calor durante 6 horas", afirma o engenheiro florestal. E detalha: "O endocarpo dos coquinhos é bem mais denso, quer dizer, tem mais massa para o mesmo volume. Ele queima mais devagar e produz mais calor, além de emitir menos material volátil (fumaça) e gerar menos cinzas".
Nos cálculos de área ocorre um empate, apesar dos eucaliptos contarem com muito investimento em pesquisas de produtividade, enquanto os babaçuais e os macaubais explorados ainda são os nativos (investimento zero). Existem pouquíssimos plantios comerciais dessas palmeiras, apenas começando em Minas Gerais e Mato Grosso. A domesticação ainda está longe de ser realidade.
Mesmo assim, conforme o estudo da UFV e Esalq, o calor produzido por um hectare de eucaliptos transformado em carvão equivale ao calor produzido por um hectare de carvão de babaçu ou macaúba. A diferença é que o eucalipto é cortado e as palmeiras são mantidas em pé.
Quando, enfim, se olha para o valor agregado, a balança pende para as palmeiras, pois o eucalipto transformado em carvão não pode virar móvel, ou viga ou nenhum outro produto, enquanto o carvão de coquinho é obtido só com as cascas, após a retirada das amêndoas para a obtenção de óleo, o principal produto tanto do babaçu como da macaúba.
Os dois óleos têm uso alimentício, farmacêutico e cosmético, sobretudo na fabricação de sabonetes e xampus de excelente qualidade. "No Paraguai já existem grandes plantações de macaúba, gerenciadas por franceses e totalmente voltadas para a exportação do óleo para a Europa, para a indústria cosmética", conta José de Castro Silva. As cascas são consideradas subproduto. No Brasil, o carvão de babaçu já é comercializado no Maranhão e Piauí, mas o de macaúba ainda não chegou ao mercado.
Então, para estimular a mudança no padrão de consumo, vocês já sabem: no próximo fim de semana ou feriadão, quero ver toda a família de cabelo lavado, catando cascas de coquinhos para saborear um churrasco mais sustentável! E bom apetite!
Fonte: Liana John/Biodiversa, adaptado por Painel Florestal
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