Metodologias Ativas na Educação: A Floresta Amazônica no mundo real e virtual, foi tema de um curso de atualização direcionado à formação continuada de professores, oferecido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). O curso, em formato online, propiciou a participação de professores da educação básica de diversas regiões do Brasil.
A Floresta Amazônica foi tema gerador do curso como forma de valorizar as questões ambientais na educação. Dessa forma, entre 24 e 30 de janeiro, participantes de diversos municípios dos estados do Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, São Paulo e Tocantins, puderam vivenciar maneiras de como empregar metodologias ativas em sala de aula.
De acordo com a coordenadora do curso, profa. Vânia Galindo Massabni, do Depto. de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, as metodologias ativas tem, cada vez mais, se apoiado em atividades como jogos virtuais, ambientes gamificados e na interconexão da sala de aula com o mundo virtual, porém nem sempre são empregadas durante as aulas. “Quando são, complementa a coordenadora, os professores enfrentam diversos desafios como incluí-las no planejamento das aulas, encontrar atividades viáveis na prática e alcançar objetivos de aprendizagem junto aos seus alunos”.
Segundo a docente, “faz sentido imergir os professores da educação básica nesses ambientes e atualizá-los quanto as possibilidades e desafios do trabalho com metodologias em sala de aula. Consideramos a relevância da Floresta Amazônica como bioma ímpar a ser tratado sob diferentes enfoques, tanto a biodiversidade, a água e seus ciclos, quanto a cultura e a presença dos povos indígenas”, afirmou a professora.
As temáticas debatidas durante o curso abrangeram histórico, fundamentos teóricos e exemplos atuais de metodologias ativas; justificativas e oportunidades para as mudanças metodológicas na escola; a diversidade Amazônica e seus desafios; planejamento de ensino com uso de metodologias ativas; a gamificação em sala de aula e jogos sobre a Amazônia para uso em aula, um deles em formato RPG; questões ambientais e Amazônia: aquecimento global, desmatamento, queimadas e aspectos socioambientais da região.
Enfim, os participantes puderam pensar em novas metodologias de ensino em discussões que priorizaram a Amazônia e a emergência climática, de modo que pudessem levar o tema para a sala de aula. “Considerando que o Brasil vai sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025, é urgente envolver os professores nas discussões dessa conferência”, concluiu a coordenadora do curso.
Foram colaboradores do curso Marcelo Soares Ribeiro Filho, mestrando do Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada (PPGI), responsável pela apresentação do jogo em RPGmaker@ para o ensino da temática; Profa. Gláucia Maria da Silva Degrève (USP/Ribeirão Preto); Profa. Maria Olívia Simão (Universidade Federal do Amazonas - UFAM), sendo as duas últimas responsáveis por estreitar parceria entre o PPGI-EA/USP e o PROFCIAMB/UFAM (Programa de Pós-graduação em Rede Nacional para o Ensino das Ciências Ambientais).
Texto: Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531 | 09.02.2024