Docente da Esalq receberá Prêmio Bunge

Mauricio Cherubin é docente do departamento de Ciência do Solo (Crédito: Gerhard Waller)


O Prêmio Fundação Bunge anunciou os contemplados em sua 67ª edição. Entre eles, encontra-se o Professor Maurício Roberto Cherubin, do Departamento de Ciência do Solo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), contemplado na categoria “Juventude” (até 35 anos). O docente será homenageado por suas investigações sobre os impactos do uso da terra e de práticas de manejo na qualidade do solo, dinâmica de carbono e na provisão de serviços ecossistêmicos em sistemas agrícolas.

Além do docente da Esalq, também na área de Ciências Agrárias, com o tema “Crédito de carbono e agricultura regenerativa”, Mariangela Hungria da Cunha, será agraciada a pesquisadora da Embrapa, Professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já na área de Ciências Exatas, com o tema de “Inteligência artificial e o Uso das águas e do solo”, Carlos Alexandre Costa Crusciol, Professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp – Botucatu), será contemplado na categoria “Vida e Obra”. Para a categoria “Juventude”, Bernardo Moreira Cândido, Professor do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Para Cherubin, o prêmio trata-se de uma das mais importantes honrarias conferidas a pesquisadores que possuem contribuição acadêmica e científica destacada em temas associados às Ciências Agrárias no Brasil. “Sou um entusiasta da ciência, mas um reconhecimento como este, logo no início da carreira, certamente nos motiva a seguir trabalhando pela ciência brasileira com ainda mais empenho e dedicação. O tema deste ano, "Crédito de Carbono e Agricultura Regenerativa", é muito relevante e estratégico para o país e para o mundo e, certamente, estará no centro da agenda científica, técnica e política nas próximas décadas”.

A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada em 10 de novembro em São Paulo. Além do reconhecimento público, os premiados na categoria Vida e Obra, receberão medalha de ouro e quantia de R$ 150 mil e os na categoria Juventude, medalha de prata e R$ 60 mil.

O tradicional Prêmio Fundação Bunge, um dos mais importantes reconhecimentos de méritos científico, literário e artístico do País, foi criado em 1955 como forma de incentivo a inovação e disseminação de conhecimento e para reconhecer profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil, além de estimular novos talentos. Desde então, mais de 200 personalidades já foram homenageadas.

Maurício Roberto Cherubin

Professor Doutor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq/USP, área de Manejo e Qualidade do Solo. Engenheiro Agrônomo (Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, 2006-2011), Bacharel em Administração (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2007-2012), Mestre em Agronomia (PPG em Agronomia: Agricultura e Ambiente - UFSM, 2011-2013), Doutor em Ciências, área de concentração em Solos e Nutrição de Plantas (Esalq/USP, 2013-2016). Desde seu doutorado, dentro da área de manejo e qualidade/saúde do solo, tem se dedicado a estudar como a mudança de uso da terra e as práticas de manejo alteram o funcionamento dos solos, com um olhar integrado sob o ponto de vista químico, físico e biológico. Em 2018, quando ingressou como docente do Departamento de Ciência do Solo da Esalq, criou o Soil Health & Management Research Group – SOHMA, um grupo de pesquisa composto por estudantes de graduação, pós graduação e pós doutorado que se dedica a estudar a saúde do solo e a provisão de serviços ecossistêmicos em ambientes agrícolas e naturais. Adicionalmente, o grupo tem trabalhado em projetos financiados por agências de fomento públicas e iniciativa privada, que visam avaliar o potencial de diferentes soluções baseadas na natureza (ex. sistema plantio direto, sistemas integrados de produção, plantas de cobertura, recuperação de pastagem), em sequestrar de carbono no solo e contribuir à mitigação das mudanças climáticas.

Esalqueanos premiados anteriormente

Em anos anteriores, outros esalqueanos foram premiados na área de Ciências Agrárias. Em 1982, Eurípedes Malavolta, em Agronomia (Vida e Obra). No ano de 1988 foi a vez de Adriano Julio Barros Vicente de Azevedo Filho, em Economia Rural (Juventude). Já no ano de 1994, dois esalqueanos foram contemplados: Luiz Ernesto G. Barrichelo, em Engenharia Florestal (Vida e Obra), e Gerd Sparovek, em Solos Agrícolas (Juventude). Em 2005, Ernesto Paterniani venceu em Agronegócio (Vida e Obra). Nilson Villa Nova venceu em 2008, na área Agrometeorologia (Vida e Obra). Em 2009, em Agricultura Tropical, foram dois contemplados: João Lúcio de Azevedo (Vida e Obra), e Carlos Eduardo Pelegrino Cerri (Juventude). Em 2011, na área de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, José Roberto Postali Parra (Vida e Obra). Em 2013, em Recursos Hídricos/Agricultura, conquistou o prêmio Klaus Reichardt (Vida e Obra). Em 2014, Fernando Dini Andreote em Produtividade Agrícola Sustentável (Juventude). Em 2016, na área Infraestrutura de Transportes, venceu o professor José Vicente Caixeta Filho (Vida e Obra) e, em 2018, Pedro Brancalion, em Serviços Ambientais para o Agronegócio (Juventude).

Texto: Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531 | 07.07.2022

Edição 434