Série Produtor Rural destaca Malvas e Hibiscos

Malva é o nome pela qual Malva sylvestris era conhecida já na época do Império Romano. Esse vernáculo vem do grego “malakós” (μαλακός) que significa “mole”, ou seja, o nome popular da planta fazia referência às suas propriedades molientes.

A cartilha de número 88 da Série Produtor Rural, editada pela Divisão de Biblioteca, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), destaca malvas e hibiscos e explica que diversas espécies da Família Malvaceae são utilizadas pelo ser humano, como: algodão, quiabo e cacau, entre tantas outras. Muitas malváceas são empregadas para fins medicinais e, neste contexto, aparecem as espécies de hibisco e a malva.

Sobre essas espécies são importantes as seguintes ponderações: primeiro, a malva (Malva sylvestris) só cresce no Brasil em áreas de temperaturas mais amenas, como na Região Sul e na Serra da Mantiqueira. O que se usa por aí, com o nome de malva, é a malva-de-cheiro ou gerânio-cheiroso (Pelargonium graveolens), espécie bastante medicinal, porisso seria interessante se tentar aclimatizar a verdadeira malva no Brasil.

Sobre os hibiscos, há uma espécie em especial que produz um pseudo-fruto ácido e adocicado, usado para se fazer chás (indicado em vários tratamentos), geleias e alguns pratos. Essa planta, o hibisco-do-chá, é bastante confundida com outras espécies do mesmo gênero, que são usadas erroneamente, em lugar desta.

A espécie já tem sido cultivada e utilizada pela população, corretamente; basta apenas esclarecer que deste gênero, esta é a única espécie que produz os pseudofrutos (“cálices”). Quando se utilizam outras espécies de Hibiscus para o consumo, não se está usando tais órgãos, mas sim, botões, flores ou folhas. O boletim sugere que isso deve ser revisto, pois, apesar de muitas espécies não serem tóxicas, não apresentam o efeito esperado do hibisco-do-chá.

Confira essas e outras características no link abaixo.

Série Produtor Rural nº 88 - Plantas medicinais: malvas e hibiscos
Autores: Isabelle de Oliveira Bonaldi e Lindolpho Capellari Júnior
Número de páginas: 36
https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1603

Texto: Alicia Nascimento Aguiar / MTb – 32531 / 19.11.2025

Edição 604