AGROdestaque entrevista Gustavo Campos Soares de Faria, engenheiro agrônomo

Gustavo Campos Soares de Faria (Crédito: Divulgação)

 

Atuação profissional

Após ter se formado engenheiro agrônomo em 1998, fez mestrado em Engenharia de Alimentos na Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, com diploma revalidado pela Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Especializou-se em Tecnologia de Carnes no Centro de Tecnologia de Carnes do Instituto de Tecnologia de Alimentos (CTC/ITAL). Também concluiu MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Trabalhou na empresa belga LeUCa vzw, na área de catering. Logo depois, foi para a Food Design, onde atuou na área de consultoria. Posteriormente, entrou na JBS, indústria de proteínas. Desde 2010, atua na Arcos Dourados – McDonald’s Brasil. Entrou como gerente sênior de qualidade e hoje ocupa o cargo de gerente sênior de supply chain, sendo responsável pelas compras de proteínas e hortifruti, bem como pelas áreas de desenvolvimento de novos produtos e sistema da qualidade.

A que área se dedica atualmente?

Atuo no segmento de food service, mais especificamente “alimentação fora de casa” ou “comida rápida”. O McDonald’s é líder neste segmento, tanto em termos de market share quanto nos temas referentes à inovação e sustentabilidade. Meu trabalho consiste na garantia de abastecimento de proteínas e hortifruti nos restaurantes, dentro do tempo certo, bem como na quantidade necessária, dentro dos padrões globais McDonald’s.

Também apresento novas ideias e produtos para que a companhia possa oferecer continuamente, aos nossos clientes, novidades no cardápio. Minha tarefa é assegurar que nossa cadeia de abastecimento esteja desenvolvida para suportar o plano de expansão da rede a longo prazo.

Quais os principais desafios desse setor?

A concorrência vem aumentando fortemente, sendo que muitas redes novas de restaurantes aportarão ao Brasil nos próximos anos. No entanto, os dois grandes desafios enfrentados são a concorrência desleal dos que atuam informalmente (não recolhem impostos, não cumprem com a legislação sanitária, etc.) e a complexidade do sistema tributário brasileiro que torna cada vez mais desafiador o planejamento da cadeia de abastecimento no que tange à localização das plantas de processamento de nossos fornecedores e a distribuição pelo operador logístico (substituição tributária).

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Profissionais ágeis, proativos, com habilidade em gestão de pessoas, tomadores de decisão e focados em resultado. É cada vez necessário encontrar profissionais com perfil multitarefa, capazes de transitar em diversas áreas do negócio. Enfim, gente que vai a fundo no detalhe técnico das questões, mas que possui visão do todo. Espírito crítico também conta muito.

Entrevista concedida à Raiza Tronquin - Estagiária de Jornalismo (14/02/14)

Boletim 10 - edição especial de lançamento