Docente da ESALQ preside a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional

Raul Machado Neto, professor do Departamento de Zootecnia (LZT) (Crédito: Gerhard Waller - ESALQ/Acom)

Marco Antonio Zago assumiu a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em 25 de janeiro de 2014. Cerca de um mês depois, em 26 de fevereiro de 2014 anunciou a criação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional. Raul Machado Neto, professor do Departamento de Zootecnia (LZT) da ESALQ, foi designado pelo reitor para exercer a função de presidente da Agência. “O órgão está ligado ao gabinete do Reitor e contará com escritórios internacionais já existentes em todas unidades da USP, com atuação muito próxima das pró-reitorias, tratando das relações nacionais e internacionais tanto do ponto de vista estratégico, como operacional”, contou Raul Machado Neto.

Em entrevista, o presidente da Agência fala sobre a forma de atuação do órgão e lembra que, entre suas atribuições, estão a de aumentar as ações de cooperação da USP com instituições brasileiras, incluindo graduação e pós-graduação.

De que forma o trabalho da Agência está ligado com as ações da pró-reitorias da USP?

A Agência é ligada ao gabinete do reitor e sua atuação ocorrerá de forma integrada com os objetivos fim da universidade. Para isso contamos com 3 diretores adjuntos. Um cuida da esfera internacional, outro das relações nacionais e um terceiro será o responsável pelos assuntos referentes à mobilidade acadêmica, tanto de alunos de graduação e de pós-graduação quanto de docentes. Teremos ainda um colégio formado por representantes das áreas biológicas, das exatas e das humanidades e também um Conselho formado pelos quatro pró-reitores, onde serão discutidas e estabelecidas as diretrizes gerais de cooperação acadêmica da USP.

Na esfera nacional, quais são as ações?

Em parceria com o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, já estamos trabalhando na articulação de programas de duplo diploma em nível nacional, uma iniciativa inovadora no cenário acadêmico nacional. Também estão sendo consideradas ações na pós-graduação, entre programas nacionais, tanto aqueles que complementam excelência, quando as inciativas que colaborarem com programas emergentes. As tratativas nessa direção terão início pelo credenciamento de disciplinas interinstituições, serão, em um primeiro momento, feitas com a Unicamp e Unesp.

Quais são as estratégias internacionais?

Contemplaremos dois tipos de ações, as simétricas e as assimétricas. Na simétricas, serão fortalecidas as cooperações com instituições que apresentam complementariedade de excelência, no sentido de ampliar o espectro das áreas do conhecimento com essas parceiros estratégicos. Nas relações assimétricas, realizadas com parceiros ou instituições de países com menores condições de infraestrutura e recursos humanos,  praticaremos cooperação, ação desejada e esperada de uma instituição líder como a USP. Nessas iniciativas, discentes e docentes terão oportunidade em contribuir com outros cenários acadêmicos. Além disso, na América Latina é necessário aumentar e, em alguns casos resgatar, a nossa presença e cooperação. Em uma etapa inicial, esse processo de fortalecimento ocorrerá com o propósito de recuperar e ampliar a colaboração com a Argentina, a Venezuela e o México. Para tanto, fundamental será nossa atuação em conjunto com outros segmentos da administração central, trabalhando para racionalizar o percurso das instâncias regulamentadoras, para o estabelecimento ágil de acordos com outras universidades ou instituições, considerando sua qualidade acadêmica ou a pertinência dentro de estratégias de cooperação.

E no quesito mobilidade, como ocorrerá a atuação da Agência?

Nessa área, algumas questões merecerão atenção especial, como o relacionamento com órgãos federais de imigração, as relações com o Itamaraty e a capacitação em língua inglesa. Serão considerados elementos que tenham impacto na comunidade uspiana, ou seja, que atenda discentes, docentes e funcionários, que são parte integrante do processo de internacionalização do nosso ambiente acadêmico. Consideramos a internacionalização como um dos principais elementos de criação de referência para atingirmos a qualidade, bem como um dos principais componentes responsáveis pelo aumento da interdisciplinaridade, condição tão desejada em uma universidade de excelência.

Texto: Caio Albuquerque (07/04/2014)

Boletim 17