Projeto "Mulheres que alimentam cidades" está na final de desafio internacional

Integrantes do Laboratório de Educação e Política Ambiental – OCA, junto da professora Ana Dionísia Novembre (crédito: Gerhard Waller)

O projeto “Mulheres que alimentam cidades”, realizado por docentes e estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), é um dos finalistas do Food Systems Innovation Challenge (Desafio de Inovação em Sistemas Alimentares), iniciativa organizada pela Wageningen University & Research (WUR), em parceria com a Esalq e outras universidades internacionais.

A equipe da Esalq tem orientação da professora Ana Dionísia Novembre, do departamento de produção Vegetal da Esalq, coorientação da professora Nathalia Nascimento, do departamento de Ciências Florestais da Esalq e composta pelas estudantes Joana Gabriela Coutinho Soares (Engenharia Florestal), Vanessa Alves Arantes Valério (Administração) e Camila Lopes de Moraes (Gestão Ambiental).

Na prática, a equipe está entre as 18 finalistas, que receberam financiamento inicial para implementação do projeto de inovações em sistemas alimentares num contexto local.

O projeto nasceu em 2021, no Laboratório de Educação e Política Ambiental – OCA, do departamento de Ciências Florestais da Esalq. O pontapé inicial foi uma pesquisa de mestrado que visava mapear iniciativas agroecológicas lideradas por mulheres na cidade de Itatinga. Nesse processo, membros do laboratório na época conheceram a iniciativa da Horta Comunitária Cheiro Verde e passaram a Auxiliar em alguns processos, principalmente na gestão da horta. Em 2023, o projeto passou a ser adaptado para Piracicaba, quando o grupo decidiu trabalhar a proposta como um piloto para ser utilizado como modelo para implementação em outras cidades.

A partir daí, nasceu uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Piracicaba (SMADS) e com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Piracicaba (SEMA) para a implementação do projeto no município. Na prática, o projeto reunirá 10 mulheres que irão ser selecionadas a partir do programa frente de trabalho, que fornecerá uma cesta básica, vale transporte e um salário-mínimo pelo período de 9 meses. “Essa iniciativa tem um impacto positivo grandioso na vida das mulheres envolvidas no projeto, pois através da produção de alimentos essas mulheres podem garantir a segurança alimentar de suas famílias. Além disso, a comercialização de parte da produção As ajudará na geração de renda e, consequentemente, em sua autonomia financeira através de um trabalho de grande relevância para toda a sociedade que é a produção de alimentos saudáveis, de baixo custo e com função social”, explica a professora Nathália.

No próximo mês de setembro, uma representante do grupo estará na Holanda para apresentar o projeto para uma banca de especialistas e participar de uma grande programação de eventos, incluindo a Grande Final do desafio, que ocorrerá no dia 30.

As redes sociais do projeto

Texto: Caio Albuquerque (7/6/2024)

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Edição 532