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borracha cobertos com uma camada bem significativa de serragem (disponível na região). Dessa maneira oferecemos mais conforto às vacas e camas sempre limpas e secas, o que tem resultado em baixos índices de CCS e contagem bacteriana. Temos recebido ótimas bonificações com isso. Nossas primeiras análises indicaram que os dejetos apresentam cerca de 10% de matéria seca; 2% de nitrogênio; 1,7% de fósforo; 1,3% de potássio, com 73% de matéria orgânica numa relação C:N de 27:1.

Detalhe do piso ripado e camas com colchões de raspa de borracha cobertos por serragem

Como a região tem um clima favorável que permite boas produtividades de lavouras de verão e inverno, nosso objetivo é maximizar a produção de volumoso na área, integrando a distribuição dos dejetos captados com um manejo mais intensivo nas culturas. Teremos que ser bons agricultores também.

Quanto aos animais, trouxemos uma boa experiência, da criação de Angus. O João Vicente, meu colaborador, conhece bem práticas como inseminação artificial e mesmo IATF. Na escolha de sêmen temos priorizado touros realmente provados com acurácia alta para características produtivas.

7) Quais foram os últimos investimentos na fazenda? O que foi mudado? Quais são os próximos planos e objetivos a curto e longo prazos?

Fizemos investimentos em infraesturura essencial, como estradas internas, escavação de silos e reforma da casa. Nossos investimentos recentes têm sido na aquisição de animais para aumentarmos de forma mais rápida a produção. Num segundo momento, estabilizar as dívidas e investir, de forma mais gradual, na ampliação do free-stall, para daqui uns dois ou três anos, com a terceirização da recria, chegarmos ao número máximo de animais.

8) Quais suas principais dificuldades e desafios na produção de leite?

O início é bastante difícil quando se começa do zero. Quando já se tem a atividade em andamento, com rebanho, mão de obra e alguma estrutura, os investimentos podem ser feitos com parte da renda vinda da atividade. No nosso caso o recurso veio de minhas outras atividades e de financiamentos que, particularmente, vejo como opções interessantes para captação de recursos com juros razoáveis.

Assim, nosso desafio é aumentar rapidamente a produção, com boas produtividades, e ter maior receita para pagar os investimentos feitos, principalmente em infraestrutura.

9) O que te fez acreditar e começar na atividade?

Particularmente, conheço muitas propriedades de leite no Brasil e todas aquelas bem sucedidas têm em comum a busca pela eficiência em cada uma das etapas envolvidas no processo. São boas em produzir comida, na genética e manejo do rebanho, na sanidade e higiene, enfim, tocam o negócio como uma empresa, seja ela uma microempresa, com um rebanho de 20 vacas, ou mesmo uma megaempresa, com mais de 1.000. Acredito que meu desapego (nenhuma relação familiar com o negócio) me ajude a tratar o negócio de forma mais profissional.

A rentabilidade do negócio também é atrativa. Outras atividades, que talvez eu tivesse competência para tocar, não me oportunizariam a mesma rentabilidade.

10) A pecuária de leite tem vivenciado um problema sério com mão de obra, como é na sua propriedade? Como você desenvolve a gestão de pessoas?

A mão de obra é, sem dúvida nenhuma, o maior desafio na estruturação da atividade. Por isso acredito que maiores investimentos em infraestrura para demandar menor mão obra sejam compensadores. Trabalhos insalubres e pouco motivadores como limpar curral e tirar silagem manualmente devem ser substituídos gradativamente.

Precisamos ter menos funcionários cada vez mais capacitados. Mas para que tudo isso ocorra precisamos ter mais renda. O ideal é um funcionário para cada 600 ou 700 litros de leite. Mas não é possível eu produzir 700 litros com um único funcionário ou mesmo 1.400 com apenas dois. Preciso rapidamente chegar a 2.000 litros para reduzir custos com mão de obra.

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