USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: TN Sustentável
Data: 25/05/2015
Caderno/Link:
-
manejo-florestal-sobre-bacias-hidrograficas
Assunto: Programa avalia impacto do manejo florestal sobre bacias hidrográficas
Programa avalia impacto do manejo florestal sobre bacias
hidrográficas
Notícias Programa avalia impacto do manejo florestal sobre bacias hidrográficas
Por: Redação TN / Alessandra Postali, Esalq
Com o objetivo de avaliar o impacto do manejo florestal sobre os recursos hídricos, o Programa
Cooperativo sobre Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrográficas (Promab), que faz parte do
Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (IPEF), monitora, constantemente, 21 microbacias
experimentais em empresas do setor florestal. O projeto é coordenado pelo professor Silvio Ferraz, do
Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP,
em Piracicaba. Além de Ferraz, colabora no programa o professor colaborador permissionário do
departamento e idealizador do Promab, Walter de Paula Lima. No IPEF, o programa é coordenado pelo
Engenheiro Florestal Arthur Vrechi, formado pela Esalq.
Cada microbacia é monitorada individualmente. Das 21, 12 são cobertas por plantações de florestas de
eucalipto, três por florestas plantadas de pinus, cinco por mata nativa e uma por pastagem. "Os aspectos
avaliados são o balanço hídrico, regime hidrológico e pico de vazão, variáveis físicas e químicas da água
do riacho, perdas de solo e de nutrientes e nível do lençol freático", explica Ferraz. Os dados analisados
são armazenados em um sistema de gerenciamento de banco de dados, localizado no servidor do IPEF, e
disponibilizados à empresa na forma de um relatório.
De acordo com Ferraz, ao longo de 30 anos de pesquisas com monitoramento, foi possível entender muito
dos aspectos referentes à interação entre os plantios florestais e a água. "Entre esses aspectos estão a
dinâmica do uso da água por florestas plantadas e a influência na sua qualidade, bem como as relações
com as práticas de manejo adotadas, que são importantíssimas, pois podem fazer a diferença na
manutenção de um sistema mais saudável e resiliente", afirma.
Manejo
As técnicas de manejo envolvem desde o planejamento do uso de solo, com a devida proporção de
ocupação da produção e proteção das zonas ripárias, diversidade de materiais genéticos e plantio em
mosaico, até as recomendações técnicas de plantio como espaçamento adequado, alinhamento em nível
e manutenção de resíduos. O professor ressaltou que os resultados dos estudos do Promab e do
monitoramento, em conjunto a outras pesquisas, ajudam as empresas a suportar mudanças e propor
melhorias no plano de manejo.
Ferrraz esclarece ainda que o monitoramento é realizado em áreas pré-selecionadas, que representam o
manejo florestal de determinadas regiões. "São monitoradas características quantitativas, em uma estação
linimétrica, com o auxílio de equipamentos eletrônicos para medições constantes de precipitação e vazão.
E, semanalmente, são coletadas amostras de água para análises físico-químicas em laboratório, para
avaliar a qualidade".
Como afirma Ferraz, os resultados obtidos até o momento, em várias microbacias espalhadas pelo Brasil
e Uruguai, sugerem que os impactos na qualidade da água são muito pontuais e de curta duração,
levando a crer que o manejo florestal pode ter efeitos reduzidos quando ações conservativas são
consideradas. "É importante salientar que o monitoramento é de longo prazo, pois os fatores ambientais
[clima, solo] e de manejo [materiais genéticos e técnicas] são extremamente dinâmicos, exigindo sempre a