USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: MSN
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
intimidade-sexual-de-estudantes-e-causa-revolta/ar-AAbM7nj
Assunto: Cartaz com ranking expõe intimidade sexual de estudantes e causa revolta
Cartaz com ranking expõe intimidade sexual de estudantes e causa
revolta
Notícias ao Minuto 2 horas atrás Notícias ao Minuto © Fornecido por Notícias ao Minuto
Material era dividido em colunas que atribuíam as supostas características das estudantes listadas pelos
apelidos com que foram batizadas no campus.
Um documento exposto na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em
Piracicaba (SP) revoltou um grupo de estudantes da instituição. O G1 conta que o cartaz colocado no
Centro de Vivência divulgava um 'ranking' da vida sexual das alunas.
O material encontrava-se no pátio onde os universitários se reúnem, mas foi retirado após o início da
reação. Estudantes manifestaram a revolta nos muros da unidade e também nas redes sociais.
O cartaz era dividido em colunas que atribuíam, com palavra de baixo calão e termos como "teta preta", as
supostas características das estudantes listadas pelos apelidos com que foram batizadas no campus,
além do número de pessoas que teria mantido relações. Os "codinomes" são uma tradição na Esalq e
muitos universitários os carregam após o curso. Um material preconceituoso e ofensivo, é o consideram
alunos e professores.
Antonio Ribeiro de Almeida Junior, professor da Esalq, é pesquisador dos diferentes tipos de abusos nas
universidades há 14 anos e teria relatado casos de violência à CPI dos Trotes no início do ano. Segundo
ele, o ranking comprova a existência de uma cultura da discriminação no campus. "O cartaz tem caráter
de assédio e conteúdo difamatório intencional", disse.
Segundo o professor, materiais como esse já foram produzidos antes, mas nunca tinham sido expostos
como aconteceu nesse caso. "Foi a primeira vez que colocaram em local público. Isso dá margem para
que as pessoas, reconhecidas por seus codinomes, sejam discriminadas", criticou. O cartaz também cita
homossexuais, refere o professor.
Revolta
Élice Natalia Botelho , aluna da Esalq e integrante do Diretório Central dos Estudantes, de 22 anos, ficou
revoltada com o conteúdo do cartaz e se posicionou sobre o abuso em uma rede social na internet.
Em trecho de texto de repúdio, ela afirma: "Percebi que os níveis de machismo, lgbtfobia e racismo
da Esalq não param de piorar. (...) Pensei que a CPI de Violação de Direitos Humanos das Universidades
Estaduais Paulistas tivesse alertado as pessoas, mas a prova [cartaz com o ranking] mostra que, na
verdade, tem gente que está no caminho oposto".
O G1 publicou que de acordo com a jovem, algumas meninas se juntaram e fizeram cartazes de repúdio
ao material exposto no final de maio com os termos preconceituosos, mas os primeiros protestos também
foram retirados do Centro de Vivência. "Foram arrancados por alguém que se incomodou e, após isso ter
ocorrido, elas voltaram a fazer mais cartazes", afirmou.
Esalq