USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: O Liberal – Americana
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
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Assunto: ESALQ abre sindicância contra mural com ofensas sexuais a alunas
ESALQ abre sindicância contra mural com ofensas sexuais a alunas
Um cartaz que ligava o nome de alunas a "críticas" sexuais foi exposto em um espaço de estudantes na
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq USP), em
Piracicaba, interior de São Paulo, e causou revolta de estudantes e professores. O conteúdo da
"brincadeira", considerada racista e machista, já motivou a diretoria da unidade a abrir uma sindicância
interna para apurar os autores das ofensas. O item estava exposto no Centro de Vivência, um pátio de
reunião entre os alunos, e foi retirado pelos próprios estudantes. O cartaz dividia as alunas mulheres,
pelos seu codinomes, em tópicos vexatórios. Quando um aluno ingressa na USP, assim como em outras
instituições, ele é apelidado pelos veteranos e acaba tendo de usar o nome em festas e outros eventos
sociais. A aluna da Esalq Élice Botelho, de 22 anos, usou o Facebook para criticar o painel. Até às 11h
desta quinta-feira, 18, a postagem já contava com 711 curtidas e mais de 100 compartilhamentos.
"Quando vi (o cartaz), percebi que o nível de machismo, lgbtfobia e racismo da Esalq não param de
piorar", escreveu a estudante. Ela ainda questiona o racismo do termo "teta preta". "De novo vejo alguma
característica da mulher negra sendo utilizado como ofensa, por que o corpo da mulher negra é
extremamente objetificado. Porque o bonito continua sendo a pele branca e macia, os mamilos rosados e
o cabelo liso. E eu lhes digo que BASTA!". A Esalq foi uma das unidades da USP que mais recebeu
críticas e denúncias durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou casos de violação
aos direitos humanos em universidades paulistas, no início deste ano. Em fevereiro, a instituição chegou a
assinar um acordo com o Ministério Público contra trotes na unidade. Dentre os episódios relatados está o
de um aluno que disse ter sido envenenado por um produto agrícola e o de uma estudante que contou ter
sido estuprada em uma república.