Clipping semanal - - page 60

USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Brasil Post
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
-
esalq_n_7612832.html?utm_hp_ref=pais
Assunto: Cartaz com ranking sexual de alunas reascende revolta na ESALQ e traz de volta
o histórico de trotes violentos e abusos
Cartaz com ranking sexual de alunas reascende revolta na Esalq e
traz de volta o histórico de trotes violentos e abusos
Uma postagem de uma aluna no Facebook expôs que o preconceito em suas mais diversas formas,
como
machismo
,
homofobia
e
racismo
, seguem vivos na
Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq)
. O mais recente capítulo triste envolve um 'ranking sexual' das estudantes da instituição,
localizada em Piracicaba e vinculada à
Universidade de São Paulo (USP)
.
De acordo com a estudante
Élice Botelho
, de 22 anos, integrante do Diretório Central dos Estudantes, o
cartaz estava exposto no Centro de Vivência da universidade, um pátio de encontro dos alunos. Lá, três
colunas expunham estudantes da Esalq em
três categorias vexatórias
: 'buceta fedida, teta preta ou
sociedade do anel'.
Ali cada aluna e alguns alunos eram 'pontuados' por outros
.
"Há boatos de que esse cartaz foi feito em duas repúblicas masculinas, e que todos os bixos que vão lá
pegar ração na hora do almoço/janta escrevem o nome de alguma menina nas colunas. Pensei que a
CPI
de Violação de Direitos Humanos das Universidades Estaduais Paulistas
tivesse alertado as
pessoas, mas a prova mostra que na verdade tem gente que ta no caminho oposto", escreveu Élice.
Antes de ontem estava no C.V. e alguém, que não me recordo, me chamou pra ver uma coisa em um dos
murais. Quando vi,...
Posted by Élice Botelho on Quinta, 28 de maio de 2015
A CPI à qual ela se refere, também conhecida como
CPI dos Trotes
, foi realizada entre dezembro e
março deste ano na
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
. Durante os trabalhos, a Esalq foi
citada em mais de uma oportunidade, sendo apontada como uma das mais violentas do Estado, ao lado
da
Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
e a
PUC de Campinas (Puccamp)
.
Um dos casos mais absurdos foi registrado na Esalq em 2002, quando
uma estudante acusou oito
colegas
de a terem
estuprado
em uma república. A vítima depôs na CPI. "Falavam que eu havia
transado com oito meninos. As meninas com quem eu morava fizeram uma reunião e pediram para eu sair
da casa, sob a alegação de que me chamavam de vagabunda. Na Esalq, comentava-se o caso, inclusive
os professores. As pessoas olhavam, davam risadinhas. Um e-mail passou a circular, contando detalhes",
contou.
Um exemplo de que práticas misóginas seguem vivas no ambiente universitário é que o 'ranking sexual'
denunciado expunha os apelidos de cada estudante, uma tradição mantida desde a entrada do calouro
(chamado de 'bixo'), e esse codinome será aquele que ele carregará pelo resto da sua vida acadêmica.
"O cartaz tem caráter de assédio e conteúdo difamatório intencional. Foi a primeira vez que colocaram em
local público. Isso dá margem para que as pessoas, reconhecidas por seus codinomes, sejam
discriminadas", disse ao G1 o pesquisador e sociólogo
Antonio Ribeiro Almeida Jr.
, docente da Esalq.
Na CPI dos Trotes, ele já havia denunciado a violência na instituição.
"O trote leve funciona como uma cortina de fumaça para os mais violentos", comentou aos deputados
estaduais. Em uma nota divulgada por uma das muitas repúblicas de alunos da Esalq,
Almeida Jr. foi
chamado de "mentiroso" pelas suas palavras
. "Aquele seu livro de anos atrás é um compilado de
1...,50,51,52,53,54,55,56,57,58,59 61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,...111
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