Revolta
A aluna da Esalq e integrante do Diretório Central dos Estudantes, Élice Natalia Botelho, de 22 anos, ficou
revoltada com o conteúdo do cartaz e se posicionou sobre o abuso em uma rede social na internet.
Cartazes
de
repúdio
se
espalham
pela
Esalq,
em Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)
Em trecho de texto de repúdio, ela afirma: "Percebi que os níveis de machismo, lgbtfobia e racismo da Esalq
não param de piorar. (...) Pensei que a CPI de Violação de Direitos Humanos das Universidades Estaduais
Paulistas tivesse alertado as pessoas, mas a prova [cartaz com o ranking] mostra que, na verdade, tem gente
que está no caminho oposto".
A jovem contou que algumas meninas se juntaram e fizeram cartazes de repúdio ao material exposto no final de
maio com os termos preconceituosos, mas os primeiros protestos também foram retirados do Centro de
Vivência. "Foram arrancados por alguém que se incomodou e, após isso ter ocorrido, elas voltaram a fazer mais
cartazes", afirmou.
'Lógica de poder'
O episódio, para o professor Almeida, é uma evidência de que há grupos que sustentam uma cultura opressora
no campus. "Eles têm o objetivo de discriminar e atuam com uma lógica de poder", afirmou Almeida. O
professor disse que mesmo após as investigações, casos como esse ainda são comuns.
Esalq
A instituição afirmou que soube do caso após ser questionada pela reportagem. "A direção do campus tomou
ciência, por meio de informação do Portal
G1
, da existência de material que foi exposto no mural do Centro de
Vivência e encaminhará o material para apreciação de uma comissão sindicante, cumprindo trâmite regular",
informou a Esalq em nota da assessoria de imprensa.