Clipping semanal - - page 99

USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Jornal Metro
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
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apurar-ofensas-contra-alunas-em-piracicaba-199789
Assunto: USP abre sindicância para apurar ofensas contra alunas em Piracicaba
USP abre sindicância para apurar ofensas contra alunas em
Piracicaba
Cartaz colado na parede da ESALQ | Reprodução/Facebook
A unidade da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba, no interior paulista, abriu sindicância para
apurar ofensas e a exposição da intimidade de alunas. Em nota, a Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (ESALQ) informou que uma comissão está apurando os fatos a respeito de material com
conteúdo inadequado ao ambiente universitário exposto no mural do centro de vivência do
campus.
Fotos e relatos de estudantes divulgados nas redes sociais mostram um cartaz com listas de nomes de
alunas. No material, as jovens são classificadas com expressões grosseiras, segundo características
físicas e comportamento sexual. O cartaz tem questões contra as mulheres, afrodescendentes e
homoafetivas. São valores ou falta de valores de um grupo que existe dentro da universidade, enfatiza o
professor Antonio Ribeiro de Almeida Junior, que leciona na ESALQ e pesquisa os trotes estudantis.
Segundo o professor, a atitude foi desaprovada pelo corpo estudantil. Houve um repúdio muito grande
dentro do
campus
a tudo isso, destacou. Para ele, a universidade deve adotar medidas efetivas contra
esse tipo de comportamento. Eles se sentem impunes, acima dos demais. O que está ligado à questão da
distinção: a pessoa entra na universidade e se torna uma pessoa distinta, portanto, melhor do que as
outras., acrescentou.
A estudante de gestão ambiental Élice Botelho denunciou o caso nas redes sociais. Eu me senti ofendida
com o cartaz, em primeiro lugar, porque poderia ter meu nome escrito nele. Em segundo, porque são
características comuns sendo usadas para inferiorizar outras pessoas, ressaltou. Para a jovem de 22
anos, é importante protestar contra esse tipo de atitude. Para mim, particularmente, não se posicionar
contra aquele cartaz é ser conivente com o que ele representa: um caso explícito de machismo,
racismo,
lgbtfobia
e misoginia.
No final do ano passado, a Assembleia Legislativa de São Paulo instalou uma comissão parlamentar de
inquérito (CPI) para apurar as denúncias de abuso sexual e violência dentro da USP. Durante as
audiências, a comissão recebeu diversos relatos de estupros e trotes violentos dentro da instituição.
A USP também abriu uma investigação interna sobre os casos. A Faculdade de Medicina chegou a proibir
a comercialização de bebidas com álcool e suspendeu, por tempo indeterminado, a realização de festas.
Foi criado ainda um centro de defesa dos direitos humanos, para dar assistência jurídica, psicológica e de
saúde para alunos que se sentirem vítimas de algum tipo de violação.
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