USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Olhar Direto
Data: 24/06/2015
Caderno/Link:http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=USP_de_Piracicaba
_comeca_a_ouvir_estudantes_sobre_ranking_sexual&edt=22&id=400104
Assunto: Editorias
Editorias
A direção da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em
Piracicaba (SP), começa a ouvir, nesta quarta-feira (24), depoimentos de estudantes sobre a lista
que expôs intimidades sexuais dos alunos em um cartaz fixado no Centro de Vivência. A
informação é duas universitárias que foram chamadas para serem ouvidas.
A instituição informou que a sindicância aberta para apurar o caso terá "liberdade para trabalhar e
não tem obrigação de informar a direção sobre o que está sendo feito" e, por isso, não
sabe detalhes sobre os depoimentos.
De acordo com uma das alunas que serão ouvidas, uma denúncia formal sobre a existência da
lista, que faz uma espécie de ranking sobre as intimidades de estudantes, foi registrada na
Guarda Municipal do campus no dia 2 de junho.
No entanto, a assessoria de imprensa da universidade informou que só tomou conhecimento do
problema através do contato feito pelo G1 no dia 3 deste mês. A estudante de 25 anos, que
preferiu não se identificar, afirmou que protocolou uma Notificação de Ocorrência (NO) sobre o
cartaz, mas não pôde retitrar a cópia do documento. Ela foi orientada a enviar um ofício à
Prefeitura.
"Fizemos a denúncia e ficamos de retirar o documento em qualquer dia. Só que quando fui
buscar a NO na quinta-feira (18), fui informada de não poderia mais retirar", contou.
Já a aluna Élice Botelho, de 22 anos, que é integrante do Diretório Central dos Estudantes e se
manifestou publicamente contra o conteúdo do cartaz em sua rede social, também será ouvida
pela universidade.
Manifestações
Na terça-feira (23), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de
São Paulo protocolou um requerimento de convocação para que o diretor da USP em Piracicaba
preste esclarecimentos sobre o cartaz. A proposta foi protocolada pela deputada Beth Sahão
(PT), e será analisada nesta quarta-feira (24). Outros profissionais do campus também devem ser
convocados.
A Câmara de Piracicaba (SP) aprovou, na noite de segunda-feira (22), uma moção de repúdio ao
cartaz proposta pela Comissão de Defesa de Direitos Humanos e Cidadania.A Esalq anunciou
que abriu uma sindicância para apurar, na esfera administrativa, a produção e divulgação do
"ranking" e um inquérito policial foi aberto para investigar o caso na esfera criminal.
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Piracicaba, os autores da lista incorreram
em três crimes: homofobia, difamação e calúnia. A Secretaria de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República afirmou que o caso reforça o "preconceito e a discriminação contra
mulheres no Brasil". O órgão informou que vai acompanhar a apuração e também questionará a
instituição sobre o cartaz.
Cartaz
Considerado preconceituoso e ofensivo por alunos e professores, o cartaz fixado no Centro de
Vivência do campus era dividido em colunas que atribuíam, com palavra de baixo calão e termos