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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Maxpress
Data: 23/06/2015
Caderno/Link:
Assunto: A semente da vida está em nosso solo - Por Antonio Roque Dechen*
A semente da vida está em nosso solo - Por Antonio Roque Dechen*
A FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura) denominou o ano de 2015 como o
Ano Internacional do Solo. Diante disso, as instituições de ensino e de pesquisa do Brasil
voltaram sua atenção para este imenso patrimônio que é o nosso solo.
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) adotou o tema: A semente da vida está em nosso
solo, uma feliz escolha para a instituição agronômica pioneira em pesquisas sobre solos no
Brasil. O IAC foi criado pelo Imperador D. Pedro II em 1887 em virtude de que, naquela época, a
região do Estado de São Paulo enfrentava sérios problemas com a exaustão da fertilidade dos
solos, posto que o Brasil não tinha acesso a fertilizantes (a primeira referência à importação de
fertilizantes é de 1895, realizada por Pereira Barreto).
Entre os anos de 1876 e 1883 foram plantados 105 milhões de pés de café na região de
Campinas, fazendo com que a região produzisse, em 1886, o equivalente a 15% de todo o café
produzido no estado. O cultivo continuo de café sem o manejo adequado estava exaurindo a
fertilidade dos solos.
O primeiro diretor do Instituto Agronômico foi o alemão Franz Wilhelm Dafert, discípulo de Justus
Von Liebig (Lei do Mínimo), qual teve a difícil missão de mudar paradigmas e implementar ações
com embasamento técnico cientifico junto aos produtores para assegurar que os solos fossem
manejados de forma correta e possibilitassem cultivos sucessivos na mesma área, ou seja, foi o
responsável pela ação pioneira de sustentabilidade em solos brasileiros, merecendo destaque
também a visão empreendedora e contribuição de D. Pedro II com a implantação de Institutos de
Pesquisas Agronômicas em diversas regiões do Brasil e da criação da primeira Escola de
Agronomia do Brasil, na Bahia, em 1877.
O Instituto Agronômico e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (fundada em 1901),
são pioneiros em estudos dos solos em todas as suas vertentes, e em conjunto com a EMBAPA,
e as Instituições estaduais de ensino e pesquisas, prestam valiosa colaboração à sociedade
brasileira e mundial, já que os solos são a base da nossa produção agrícola. O Brasil tem hoje
uma produção agrícola expressiva: neste ano, está ultrapassando a barreira de produção de 200
milhões de toneladas de grãos, fazendo parte de um restrito grupo de países que produzem uma
tonelada de grãos por ano por habitante.
Oportuna a escolha do tema: A semente da vida está em nosso solo, por uma instituição que já
lançou 1020 cultivares de plantas das mais variadas espécies e realiza levantamentos detalhados
de solos, tem laboratórios de análises químicas e física de solos, de análises de resíduos, todos
com ISO 17025, sendo certamente uma das instituições brasileiras que mais contribui para a paz,
produzindo alimentos e combatendo a fome. E como já disse John Boyd Orr, primeiro Diretor
Geral da FAO, Não se constrói a paz em estômagos vazios.
Privilegiado o Estado que tem uma Instituição do porte do Instituto Agronômico, que implantado
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