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Ano XI Número 36 junho/2014 5

Papo com a Pró-reitora

EmDestaque

Em entrevista concedida pouco antes de ministrar a aula inaugural da PG, a pró-reitora de Pós-graduação da USP, Bernadette Dora Gombossy deMelo Fran-co, falou sobre aproximação dos egres-sos com o setor produtivo e os desafios da sua gestão.

O que a atual gestão da Pró-reitoria de Pós-graduação da USP pode fazer para aproximar a universidade do setor produtivo?

Estamos investindo para rastrear nos-sos egressos para que possam ajudar a divulgar ou inserir de uma forma mais otimizada a pós-graduação no local onde eles trabalham. Principalmente os que es-tão na iniciativa privada.

Quais são os desafios da sua gestão?

Comcerteza é a avaliação institucional que iremos realizar (Avaliação USP). Pre-cisamos de uma avaliação complementar à avaliação Capes. AAvaliação USP será o norte da gestão. Por exemplo, se for identificado que a maioria dos egressos tem seguido para áreas com pouca rela-ção com o programa, significa que o pro-grama não foi realizado da maneira corre-ta.Além disso, não queremos formar alu-nos apenas para a universidade, quere-mos formar pessoas para o País.

Qual a dificuldade em transferir tecnologia para o mercado? Como po-demos ajudar?

Transferência de tecnologia é algo que o Brasil ainda faz muito pouco, mas estamos aprendendo a fazer isso. O setor privado, ainda, anda muito distante do se-tor acadêmico. Essa relação é tratada como se a academia e o setor privado fossem mundos diferentes. Por isso precisamos nos aproximar do nosso egresso, ele será a ponte entre esses dois mundos, e daí a ne-cessidade de identificar onde estão.

ESALQ nas arenas da Copa

AArena São Paulo, cenário de abertura da Copa do Mundo, além da Arena Pantanal (Cuiabá-MT), Estádio Beira-Rio (Porto Ale-gre-RS) e Arena das Dunas (Natal-RN), tem uma relação direta com o Laboratório deAná-lise Química do Solo (LAQS), do Departa-mento de Ciência do Solo (LSO) da ESALQ. Nas bancadas do LAQS foram realizadas as análises de solo dos estádios que, unidos, sediam 19 partidas do torneio futebolístico mais esperado do planeta.

Há alguns meses, a ESALQ foi procurada por uma empresa que constrói e mantêm gra-mados esportivos. O engenheiro agrônomo e gerente de operações da corporação, André Amaral, enviou amostras de solos das quatro

arenas emquestão para seremanalisadas. “Este é um resultado que usaremos para analisar to-dos os parâmetros da fertilidade do solo do campo”, destacou.

De acordo com Luís Reynaldo Ferracciú, Alleoni, coordenador do projeto de extensão que faz análise de solo na ESALQ, o LAQS realiza cerca de 30 mil análises por ano para produtores rurais. “Foi interessante quando vimos análise de solo para gramados de futebol ligados com a Copa do Mundo. Já realizamos análises para estádios como o Barão de Serra Negra aqui de Piracicaba (SP), o Centro de Treinamen-to do Palmeiras (SP), o Pacaembu (SP) e outros”, lembrou Alleoni.

Entre 14 e 16/5, a ESALQ sediou o even-to “Agrisustenta 2014”, uma realização das re-vistas Exame e Planeta Sustentável. Com o tema “A Revolução Tropical no Campo”, teve como objetivo difundir uma forma de manter o agronegócio em sinergia com a natureza jun-to aos seus biomas e ecossistemas. Diversos métodos já utilizados no mercado, que aproxi-mam esse objetivo da realidade, foram com-partilhados entre executivos, gestores públi-cos, cientistas, consultores e especialistas na-cionais e internacionais. A apresentação de

cases , paineis e debates foram conduzidos por representantes de instituições comoUniversida-de de São Paulo (USP), Universidade Estadual deCampinas (Unicamp), EmpresaBrasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), EditoraAbril, entre outras. Na abertura do evento o economista indi-ano Pavan Sukhdev, autor do relatório “AEco-nomia dos Ecossistemas e da Biodiversidade”

ESALQ sediou Agrisustenta

e do livro “Corporação 2020”, ministrou pa-lestra com o tema “Como valorar a biodiversidade para a agricultura?”. Sukhdev, uma das maiores autoridades do mundo em economia verde, explanou so-bre suas perspectivas em relação à biodiversidade na agricultura brasileira, ca-pital natural, bem como a urgência em toma-das de novos rumos para que o agronegócio se torne mais sustentável. “O capital natural consiste em duas formas: capital natural vivo e morto. A valorização geral desses recursos é possível, como por exemplo, o que é feito no Oriente Médio em relação ao petróleo, que é um capital morto. Também existe o capital vivo em forma de serviços de ecossistemas que, de forma natural, colaboram para a agri-cultura. O valor atual e futuro dos ecossiste-mas é chamado de capital natural. É possível reconhecer esse capital em muitos países em avaliações realizadas por meio de satélites, como também por suas políticas”.

Pós-graduação da USP

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