CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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duplas, ou qualquer outro espaço confinado que exista em uma estrutura, seja ela uma
residência, indústria ou comércio. O cupim de madeira seca, ao consumir toda a madeira
que o abriga, se não tiver acesso a outra madeira em contato com a primeira, condena a
sua colônia a morte. A vida útil da colônia está, assim, ligada à duração da fonte de
alimento. Os cupins subterrâneos podendo sair da colônia em busca de alimentos, não
têm este problema, dada a fartura de elementos à base de celulose que se encontram na
natureza ou nas proximidades do próprio ninho. Este tipo de cupim é mais encontrado em
solos úmidos e arenosos, em regiões quentes contendo alguma forma de alimento
abundante.
Danos:
Nas zonas urbanas, os cupins infestam construções, praças e jardins. Nas
residências, atacam madeira de teto, móveis, livros e documentos de papel. Muitas
vezes, o ninho se encontra no próprio imóvel, dentro do forro, ou externamente, aderido à
parede ou madeiramento. Pode ocorrer também que o ninho se localize em distância de
até 100 m do imóvel e nesse caso os cupins adentram o prédio por meio de túneis
construídos pelas operárias.
Controle:
O controle dos cupins é muito difícil e, para que isso ocorra, é necessária a
destruição do cupinzeiro juntamente com a rainha. A destruição apenas do ninho, de
algumas operárias e soldados mantém o cupinzeiro inativo por algum tempo, período em
que a rainha faz a reposição, por meio de posturas, das operárias e soldados mortos. Por
outro lado, mesmo com a morte da rainha, o cupinzeiro pode sobreviver por algum tempo
em razão da reprodução do cupinzeiro pelas rainhas de substituição. Portanto, para o
sucesso no controle de um cupinzeiro, é necessária a eliminação, principalmente, da
rainha e rainhas de substituição.
Quando a infestação é de cupins de madeira seca, a retirada da madeira atacada do
ambiente ou sua destruição resolve o problema. A madeira que substituirá a anterior
deverá ser devidamente tratada, a fim de evitar que novas infestações por cupins
ocorram.
O tratamento de infestações ativas de cupins de madeira seca também é possível através
de injeção de produto químico na madeira. O tratamento direto da madeira infestada é
recomendado para infestações mais restritas. Neste caso, um cupinicida é injetado
diretamente na madeira, através de furos feitos na mesma, procurando-se atingir as
galerias colonizadas pelos insetos. Após a colocação do cupinicida, os furos na madeira
devem ser fechados. Para este tratamento, normalmente são utilizadas soluções com
solventes orgânicos (querosene, por exemplo).
Os cupinzeiros de montículo devem ser controlados com a aplicação de cupinicidas. Para
tanto, um orifício deve ser aberto no montículo por meio de uma barra de ferro até atingir
a câmara real, onde se localiza a rainha. Esse local é construído com celulose e,
portanto, oferece menos resistência ao perfurá-lo, sinal que a barra de ferro atingiu o
abrigo da rainha. Por meio desse orifício, é despejado o inseticida previamente preparado
em um balde. Essa operação deve ser feita em um curto espaço de tempo para não
afugentar a rainha de sua câmara real. Recomenda-se, também, não fazer aração nem
arrancar os cupinzeiros antes de matá-los, pois irá multiplicar os ninhos, devido à
possibilidade de haver reprodução da colônia por fragmentação, quando são formados
reis e rainhas nas partes do ninho que ficaram sem eles.