CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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USP - ESALQ
Para o cupim-de-montículo são recomendados os seguintes produtos: endosulfan (CE
35%), 400mL/100L de água; fention (500), 250 mL/100L de água; abamectin (18 CE),
30mL/100L de água; e clorpirifós (22,4 E), 400mL/100L de água. Qualquer um desses
produtos, diluídos em água, pode ser colocado na razão de um litro de calda (inseticida +
água) usando-se um funil na abertura feita previamente no montículo. Também podem
ser introduzidas pastilhas de fosfina (4 grandes ou 20 pequenas, em cada montículo), ou
ainda fipronil (20 g), aplicando-se 7 a 10 g por cupinzeiro. Neste último caso o efeito
tóxico ocorre em cascata e, no prazo de 30 dias, a colônia é totalmente eliminada.
Os cupins subterrâneos necessitam de umidade para sobreviver e por causa disto
colônias são geralmente encontradas no solo. A necessidade de umidade é uma
característica que pode ser utilizada para ajudar no controle destes insetos. Assim, locais
onde pisos de madeira ou outras estruturas de madeira encontram-se em contato
constante com o solo úmido são alvos fáceis destes cupins. Alterações mecânicas,
incluindo eliminação de pontos de contato da madeira com o solo, substituição de
madeira ou objetos atacados, remoção de restos de celulose e redução do excesso de
umidade na estrutura (corrigindo problemas de vazamento nas tubulações hidráulicas,
paredes com problema de impermeabilização, pontos de acúmulo de água no terreno),
podem também ajudar no controle de infestações de cupins.
No caso de cupins subterrâneos, o tratamento das madeiras infestadas é apenas de
caráter paliativo. Deve-se ter em mente que o tratamento da madeira já colocada na
estrutura é sempre limitado, deixando-se sempre pontos sem tratamento que poderão ser
infestados pelo cupim posteriormente. O uso de madeiras já tratadas durante a
construção ou reforma de uma determinada estrutura, seja ela para fins residenciais ou
comerciais, deve ser priorizado como uma estratégia de prevenção dos ataques futuros.
Isto não impedirá o cupim de entrar na estrutura, mas com certeza diminuirá os danos
que ele possa causar, evitando com que consuma a madeira tratada.
O controle de cupins subterrâneo deve ser realizado preferencialmente no solo onde,
primeiramente, deve ser localizada a colônia, para posteriormente fazer o controle dos
cupins utilizando iscas e/ou realizando aplicações de produtos químicos à base de fipronil
e/ou imidacloprid respectivamente.
Para o controle de cupins em residências, deve-se
observar em áreas próximas à
residência a existência de cupinzeiros de montículo ou arbícolas e destruí-los das formas
mencionadas anteriormente. Caso o ninho não seja identificado nas proximidades, é
possível que seja subterrâneo ou se distancie a muitos metros do local infestado. Nessas
condições, o controle é paliativo, ou seja, tem eficácia momentânea, entretanto, devem-
se procurar os túneis, desmanchá-los até encontrar o orifício de saída do solo e, com
uma seringa, fazer a aplicação de cupinicida.
Há casos em que os túneis já se apresentam no interior das residências, não se
observando a sua ligação com o solo e o interior do prédio, ou construção. Nesses casos,
as medidas de controle recomendadas são as mesmas já descritas, ou seja, a aplicação
do cupinicida por meio de uma seringa nos túneis ou galerias feitas pelos cupins nos
móveis, construções, madeiramentos, entre outros. Como já relatado essa medida de
controle é paliativa e dura enquanto o cupinicida tiver ação residual. Assim, há
necessidade de vigilância constante e reaplicação do cupinicida, logo que os túneis forem
reativados.