CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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USP - ESALQ
nutrientes. O preparo da solução nutritiva deve garantir a nutrição de todos os indivíduos,
e no caso de plantas de médio porte, como o morangueiro, disponibilizar ao menos 1,0 L
de solução nutritiva para cada planta. O controle da solução nutritiva deve ser diário,
completando o nível de solução, controlando a temperatura e o pH do meio nutritivo. O
pH ideal deve se manter entre 5,5 e 6,6, e pode ser ajustado acidificando ou alcalinizando
a solução.
Outra metodologia muito utilizada para o morangueiro no Brasil é o cultivo semi-
hidropônico, em que os morangos são sustentados por um substrato artificial livre de
fungos fitopatogênicos e os nutrientes são fornecidos através da fertirrigação. Essa
alternativa reduz a demanda de agrotóxicos na cultura, além de evitar os danos
ocasionados por chuvas fortes, geadas e granizo sobre as plantas. Nesse sistema, têm
sido utilizadas as estufas modelo túnel altas, em forma de arco, construídas com, no
máximo, 30 m de comprimento e pé direito não menor que 3 m de altura. Essa arquitetura
auxilia no controle do ambiente de produção.
No cultivo hidropônico pela técnica do fluxo de nutrientes (NFT) recomenda-se que as
mesas de cultivo estejam a 1 m de altura do chão, possuam até 15 m de comprimento,
com 1,5 – 2,0 m de largura e declividade igual a 3%. As plantas podem ser cultivadas em
uma densidade elevada nesse sistema, desde que considere o espaço necessário para o
desenvolvimento dos frutos e colheita dos morangos. Geralmente, os canteiros são
formados com três ou quatro fileiras de produções com espaçamento entre plantas de 25
cm e espaçamentos entre fileiras de 30 cm.
No sistema semi-hidropônico as bancadas são construídas sobre estruturas de
sustentação, a 1 m de altura do nível do solo, permitindo o trabalho manual em posição
ereta; e espaçados entre si de 3 m. As embalagens com o substrato e o sistema de
irrigação ficam sobre as bancadas, contendo as mudas de morangueiro. Tanto os
materiais orgânicos, quanto os minerais podem servir de substrato, destacando-se: casca
de arroz carbonizada; mistura com diferentes porcentagens de casca de arroz
carbonizada + casca de pinus; mistura, em diferentes porcentagens, de casca de arroz
carbonizada + turfa + vermiculita, entre outros. A escolha do substrato deve priorizar
materiais com boa capacidade de retenção de água, com partículas que permitam a
aeração do sistema radicular, que possuam lenta decomposição, sejam disponíveis para
compra e de baixo custo.
