CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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Dentro do ambiente econômico de busca da eficiência para competir no mercado, o
produtor de leite deverá então substituir a velha equação “produção máxima = lucro
máximo” por outra expressa da forma: “nível de produção ótimo = lucro máximo”. Ou seja,
a qualidade da produção de leite é o que acarreta em maior ganho econômico.
Do ponto de vista da alimentação do rebanho, pasto é o mais barato de todos os
alimentos para se produzir e utilizar. Além de se constituir num sistema de produção que
requer menores investimentos iniciais, a produção de leite a pasto tem um menor impacto
negativo ao meio ambiente do que os sistemas de confinamento. Os transtornos
provocados pelo acúmulo de dejetos provenientes de rebanhos leiteiros confinados e os
custos elevados inerentes ao manejo e distribuição desses dejetos constituem sérios
problemas ambientais em países e regiões que adotam tais sistemas de produção de
leite.
As pastagens exercem duas importantes funções. Por um lado devem manter a cobertura
vegetal do solo, de forma a manter a integridade de um ecossistema frágil e por outro
servir de alimento para os animais que dependam do pasto como fonte de nutrientes.
Apesar do possível antagonismo entre estas, o papel primordial do produtor é reconciliá-
las, de forma a tirar proveito, otimizando a rentabilidade da área em pastejo (objetivo de
curto-prazo) e ao mesmo tempo mantê-la persistente e produtiva (objetivos de longo-
prazo).
Dentre os custos na produção do leite, a produção de alimentos e alimentação do
rebanho é responsável pela maior proporção (de 40 a 60%) dos custos variáveis. O custo
de produção de leite é inversamente proporcional à participação do pasto na dieta dos
animais. Nos países com baixos preços do leite, os produtores conseguem reduzir o
custo de produção pelo aumento da participação do pasto na dieta das vacas leiteiras.
Problemas de pastagem
Um dos principais problemas de pastagens de gramíneas tropicais é a acentuada
estacionalidade na produção de forragem, resultante da existência de duas estações
climáticas bem definidas (chuvas e seca). Na época das chuvas, as condições climáticas
são, geralmente, favoráveis ao crescimento das espécies forrageiras, enquanto que
durante a seca, os fatores climáticos são adversos ao crescimento dessas espécies.
Reduzida precipitação, baixa temperatura e condições adversas de luminosidade, são
considerados os principais elementos limitantes para o crescimento e desenvolvimento
de forrageiras no período de inverno.
O baixo rendimento forrageiro no período da seca é uma das principais causas do baixo
desempenho do rebanho criado a pasto. Os efeitos negativos da estacionalidade na
produção de forragem e na produção animal são freqüentemente diminuídos com o uso
de concentrados e suplementação volumosa durante o período da seca.
A irrigação é apontada como uma opção para minimizar o problema de estacionalidade
na produção de forragem, desde que, os fatores climáticos, especialmente temperatura e
luminosidade, não sejam limitantes.