Resposta Técnica - page 7

CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
Av. Pádua Dias 11. Caixa Postal 9
CEP: 13400-970. São Dimas, Piracicaba – SP.
(19) 3429-4178 –
USP - ESALQ
Ectoparasitoses
Piolho e Sarna
- deve ser feita inspeção periódica dos animais. Não se recomenda
introduzir animais na propriedade sem antes proceder a um exame minucioso ou
submetê-los a uma quarentena. Os animais infestados devem ser tratados mediante
banhos de aspersão com produtos fosforados ou piretróides, repetindo-se o tratamento
após dez dias. No caso de sarna, o procedimento é feito através da limpeza da região
afetada e utilização de acaricidas em solução oleosa, na diluição de 1:3.
Miíase
(bicheira) - são causadas por larvas de moscas, vulgarmente varejeira. As
miíases são mais comuns nos orifícios naturais, como: narinas, cavidade nasal, vulva e
lesões recentes na pele, cordão umbilical dos recém nascidos e abscessos rompidos,
pois a mosca tem predileção por tecidos vivos. Recomenda-se tratar os animais com
repelentes sempre que se realizarem práticas de manejo como: brincagem, castração,
descorna, corte do umbigo. Lembrar que o produto não deve ser aplicado sobre o
ferimento, e sim, ao redor. Para os animais portadores de bicheira, limpar a área
infestada, retirar as larvas e colocar substâncias larvicidas e repelentes para matar as
larvas.
Pododermatite
(mal-do-casco) – para o controle da pododermatite recomenda-se o corte
e a limpeza periódica dos cascos de todos os animais do rebanho, principalmente no
período seco. Evitar que os animais permaneçam em locais úmidos. Proceder a
passagem dos animais em pedilúvio com solução desinfetante à base de formol a 5% (50
mL) e água (1 litro), ou solução de cal virgem (3,6 kg) e água (1 litro), duas vezes ao dia,
iniciando-se 30 dias antes e permanecendo durante todo o período chuvoso. Os animais
afetados devem ser isolados, mantidos em locais secos e limpos, procedendo-se a
limpeza e a desinfecção diária dos cascos. Nos casos graves, estas medidas devem ser
associadas à aplicação de antibióticos sistêmicos.
Linfadenite caseosa
(mal-do-caroço) - é uma enfermidade infecto-contagiosa, crônica e
debilitante que acomete caprinos e ovinos, podendo atingir o homem, causada pela
bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis. Caracteriza-se pelo aumento dos
linfonodos e formação de abscessos, contendo material purulento de cor amarelo-
esverdeada, nos linfonodos superficiais, uni ou bilateral, viscerais e nos órgãos,
principalmente pulmões, fígado, baço e rins. Após a penetração do microorganismo, este
pode permanecer em forma latente no corpo do animal por longos períodos, não
desenvolvendo a formação de abscesso, e após uma diminuição das defesas orgânicas
dos animais acometidos, ocorre o aparecimento de abscesso superficial, com maior
incidência em animais com mais de um ano de idade.
Por ser uma doença de fácil disseminação, recomenda-se evitar a aquisição de animais
com sintomas externos (abscessos/caroços). Para tanto, deve-se proceder a inspeção
periódica do rebanho. Se constatada a presença de abscessos, isolar o animal e, quando
oportuno, efetuar a abertura dos abscessos antes que se rompam espontaneamente e
contaminem o ambiente. Para tanto, deve-se preparar a área, por meio de lavagem com
água e sabão, cortar os pêlos e desinfetar com álcool iodado. Em seguida, faz-se um
corte no sentido vertical, de tamanho adequado à retirada de todo o conteúdo purulento e
procede-se a escarificação da ferida e a sua desinfecção com solução de iodo a 10%. O
material retirado deve ser queimado e enterrado.
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