Ultrassom substitui o uso de temperaturas altas e traz economia ao processo industrial
Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Esalq aplicou a tecnologia de ultrassom de alta potência na hidratação de grãos como feijão e milho.
Em escala industrial, a hidratação desses produtos demanda tempo e gastos com energia. “Esse processo pode demorar, dependendo do grão, de oito a 14 horas, mas com o uso dessa tecnologia conseguimos reduzir de 5 a 6 horas de processo”, conta Alberto Claudio Miano Pastor, autor da pesquisa que teve orientação do professor Pedro Esteves Duarte Augusto, do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição.
Além de mais rápido e barato, o processo de aplicação de tecnologia de ultrassom permite ainda a adição de componentes como o ferro e vitaminas, podendo agregar valor ao produto. “A aceleração desse processo, no caso do feijão, por exemplo, ocorre na indústria a partir do aumento da temperatura, o que pode prejudicar o produto e consumir grande quantidade de energia. Aqui, nós aceleramos o processo sem aumentar a temperatura e ainda incluímos ferro, um componente que combate a anemia, um problema grave em países em desenvolvimento”, declarou o autor.
Texto: Caio Albuquerque
Video: Divisão de Comunicação da Esalq