Testes in-vitro podem ser usados para estimar a quantidade de determinado elemento que pode ser prejudicial à saúde humana em uma avaliação de risco.
Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrições de Plantas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) testou a bioacessibilidade humana e absorção por células intestinais de elementos potencialmente nocivos em matrizes ambientais urbanas. De autoria de Alexys Giorgia Friol Boim, o estudo teve orientação do professor Luís Reynaldo Ferracciú Alleoni, do departamento de Ciência do Solo.
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de testes de bioacessibilidade e biodisponibilidade in-vitro de EPNs em matrizes ambientais urbanas, como solo, sedimentos e solos com rejeito de mineração de chumbo, com diferentes níveis de contaminação, bem como avaliar a influência da mineralogia e da geoquímica dessas matrizes na bioacessibilidade dos EPNs nas vias respiratórias e gastrointestinais.
O resultado da pesquisa mostrou que há uma necessidade de investigação mais detalhada da interação solo-solução, sistema gastrointestinal e respiratório. “Achamos muito importante que estudos sobre a bioacessibilidade dos EPNs em humanos passem a fazer parte de procedimentos de avaliação de risco de áreas potencialmente contaminadas”, completa a pesquisadora.
Este estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade de Aveiro em Portugal e do Serviço Geológico Britânico na Inglaterra.
Texto: Gabriela Martins Spolidoro
Video: Divisão de Comunicação da Esalq