A pesquisa reforça o potencial biotecnológico da região para obtenção de substâncias com propriedades antitumorais
Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrícola, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) buscou na Antártida compostos capazes de inibir o crescimento de tumores humanos. Sob orientação do professor Itamar Soares de Melo, Leonardo José Silva, ou autor do trabalho, centrou esforços em acessar os recursos microbianos associados à gramínea Deschampsia antarctica, espécie presente exclusivamente no Continente Antártico.
Como resultado, 72 linhagens de actinobactérias foram isoladas e 42.528 clones metagenômicos foram construídos. “Os compostos produzidos pelas linhagens CMAA 1520, CMAA 1527 e CMAA 1653 apresentaram melhores resultados para inibição do crescimento de tumores cerebrais, mama e pulmão”, conta Leonardo.
Texto: Caio Albuquerque