Cidades mais compactas e mais verdes
Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) investigou meios de construir cidades mais compactas, sem perda de cobertura arbórea e com qualidade urbanística aos moradores. A conclusão foi de que apenas verticalizar não é o suficiente, é necessário que as áreas residenciais sejam pensadas a partir da coletividade.
A pesquisa foi desenvolvida por Patrícia Mara Sanches, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, sob orientação do professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, do Departamento de Ciências Florestais (LCF).
Como solução, o estudo sugere que as edificações sejam pensadas dentro de uma unidade, como de um quarteirão inteiro ou que a nova edificação estabeleça um diálogo arquitetônico e urbanístico com os outros edifícios que compõe a quadra. O estudo não faz apologia à necessidade de prédios cada vez mais altos, pois “(...) nem sempre a verticalização é sinal de densidade, muito menos de liberar o solo para árvores”, disse a pesquisadora.
A autora da tese conta que espera que os resultados apresentados nesta pesquisa possam influenciar políticas públicas no planejamento de novas áreas urbanas em expansão e revitalização de áreas urbanas consolidadas. A pesquisa foi realizada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Texto: Letícia Santin | Estagiária de jornalismo
Revisão: Caio Albuquerque
Vídeo: Divisão de Comunicação da Esalq