USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Esteta
Data: 11/02/2015
Caderno/Link:
Assunto: Epigenética na agricultura é tema de livro: Modificações que ocorrem na
expressão gênica de plantas de interesse agronômico são abordadas em obra publicada
pela Springer
Epigenética na agricultura é tema de livro: Modificações que
ocorrem na expressão gênica de plantas de interesse agronômico
são abordadas em obra publicada pela Springer
Modificações que ocorrem na expressão gênica de plantas de interesse agronômico são abordadas em
obra publicada pela Springer (foto: Agência de Notícias - Embrapa)
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão entre os autores e editores do livro
Epigenetics
in Plants of Agronomic Importance: Fundamentals and Applications
, publicado pela editora Springer, que
trata do controle da expressão gênica de plantas de interesse agronômico, como o tomate.
Um dos editores é Juan Armando Casas-Mollano, que conduz no Instituto de Química (IQ) a
pesquisa
Caracterização funcional de uma recentemente identificada família de MUT9 kinases in
Arabidopsis thaliana e cana-de-açúcar
, com apoio da FAPESP na modalidade Jovem Pesquisador, no
âmbito do
Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia
(BIOEN).
O livro reúne informações sobre plantas além das chamadas plantas modelo, como a Arabidopsis,
amplamente utilizada em todas as áreas da ciência por ter um genoma pequeno e um ciclo de vida rápido
e por ser de fácil manipulação, disse Casas-Mollano.
A epigenética é o estudo de qualquer transformação na expressão de genes que ocorre sem haver
mudança na sequência do DNA. Essas alterações, de ordem química, podem ocorrer na molécula de DNA
e em proteínas chamadas histonas, podendo ser herdadas na divisão celular. O fenômeno tem alto
impacto na biologia do organismo e na definição de diferentes fenótipos, isto é, da sua morfologia, do seu
desenvolvimento e de aspectos do comportamento.
O livro tem informações detalhadas sobre os mecanismos epigenéticos em plantas de importância
agronômica. Essas informações podem trazer contribuições para o desenvolvimento de técnicas de
manipulação, inibição ou ativação e seleção de proteínas e vias metabólicas, permitindo criar plantas
resistentes a patógenos e a estresse ambiental, além de aumentar a produtividade, afirmou Casas-
Mollano.
O pesquisador é coautor do capítulo
Histone H3 Phosphorylation in Plants and Other Organisms
, com
Izabel Moraes, também do IQ. O capítulo revisa e discute avanços mais recentes no estudo de
fosforilação de proteínas histonas em plantas.
A fosforilação é a adição de um grupo fosfato a uma proteína ou a outra molécula, sendo um dos
principais elementos nos mecanismos de regulação das proteínas, associada ao silenciamento gênico.
Trata-se de desligar a expressão de um gene por meio de mecanismos que não estejam relacionados à
modificação de sua sequência gênica. Dessa forma, um gene que está sendo expresso, ou ligado,
naturalmente é desligado, conforme a necessidade, por meio da fosforilação, explicou Moraes.
A pesquisadora investiga no IQ o papel de determinados genes no controle do tempo de floração das
plantas, fundamental para o sucesso da sua propagação, no projeto de pós-doutorado
Compreendendo o
papel das kinases MUT9 na regulação do tempo de floração em Arabidopsis thaliana
, realizado com
apoio da FAPESP e orientação de Casas-Mollano.