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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Valor Online
Data: 19/03/2015
Caderno/Link:
-
para-bovinos
Assunto: DSM aposta em novos suplementos para bovinos
DSM aposta em novos suplementos para bovinos
Antonio Ruy Freire, presidente da DSM para a América Latina, diz que nutrição animal é a maior
responsável pela receita Cada vez mais questionado no mundo, o uso de antibióticos como promotores de
crescimento em animais criados para abate e consumo humano encontrou uma alternativa à base de
óleos naturais na área de bovinos. Essa é a promessa da multinacional holandesa DSM. Dona da
brasileira Tortuga, maior empresa de nutrição animal em bovinos do país, a companhia lança hoje em São
Paulo dois novos suplementos para o uso em confinamentos. Além da aposta em um "substituto perfeito"
para os antibióticos, a DSM também desenvolveu um suplemento que combina duas tecnologias - que usa
óleos naturais e uma enzima chamada amilase. Com esse produto, a DSM vislumbra um aumento de 12%
ou 1,8 quilo no ganho de peso diário de bovinos criados em confinamento. Na prática, o rendimento desse
novo suplemento se aproxima do potencial dos polêmicos aditivos da classe dos beta-agonistas
desenvolvidos pela indústria veterinária, que foram suspensos pelo Ministério da Agricultura em dezembro
de 2012 após ameaça de embargo à carne bovina brasileira feita pela União Europeia. "Esses produtos
substituem com vantagem os antibióticos e outros promotores de crescimento", afirma o diretor de
integração DSM e Tortuga, Gabriel Ghirardi. Segundo o presidente da DSM para a América Latina,
Antonio Ruy Freire, para cada R$ 1 investido, o pecuarista tem um retorno de R$ 7 a R$ 10 com o
produto. "O lucro é de R$ 100 por animal. É dinheiro que não acaba mais", enfatiza, em referência ao
suplemento que combina óleos naturais e enzima. A área de nutrição animal e, particularmente, a de
bovinos, é de extrema relevância para a DSM. No ano passado, a empresa teve receita global de ? 9,1
bilhões no mundo, dos quais ? 675 milhões na América Latina. Segundo Freire, a área de nutrição animal
é a principal responsável pelo resultado, e o setor de bovinos responde por 50% da área. Do ponto de
vista da produção, a utilização desse suplemento na alimentação dos bovinos pode significar tanto um
menor prazo para que o animal atinja o peso de abate comparado com a alimentação tradicional que inclui
o antibiótico ionóforo - usado como promotor de crescimento - quanto vender um animal mais pesado.
Geralmente, os bovinos ficam, em média, 90 dias no confinamento. Apesar do otimismo com os produtos
que serão lançados hoje, o professor e pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq/USP), Flávio Portela Santos. Coordenador do estudo feito a pedido da DSM, o especialista afirma
que os resultados são "promissores" no que diz respeito ao suplemento animal que combina as
tecnologias dos chamados óleos essenciais e a enzima amilase. "É bastante promissor, mas precisa de
mais dados. É o primeiro estudo do tipo", diz, ressalvando que, no caso do suplemento que inclui somente
a tecnologia com óleos e que substitui apenas os antibióticos, os dados são mais consolidados. Portela
admite que os resultados mostraram que o produto tem o mesmo efeito dos beta-agonistas, mas ressalva
que os dois produtos não podem ser vistos como concorrentes e poderiam ser usados de modo
complementar caso os beta-agonistas não estivessem suspensos. Do ponto de vista financeiro, o
suplemento da DSM pode ter um impacto tão grande na produtividade no confinamento quanto prometiam
os beta-agonistas. E o uso complementar não parece estar no horizonte. Além do veto europeu, os beta-
agonistas também enfrentam maior resistência nos EUA desde 2013, onde são permitidos. Naquele ano, a
americana MSD, braço veterinário da farmacêutica Merck, suspendeu o uso dos produtos após suspeitas
de frigoríficos de que o medicamento tenha provocado problemas motores nos animais. Diante da
tendência de crescimento dos confinamentos no Brasil, a DSM espera fechar as primeiras vendas dos
novos suplementos em encontro com confinadores nesta quinta-feira. Conforme estimativa da Associação
Nacional dos Confinadores (Assocon), o Brasil engordou 4,1 milhões de cabeças de bovinos no
confinamento. Para este ano, a entidade estima um avanço de 7,65% e o crescimento tende a continuar.
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