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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Exame – Online
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
-
em-piracicaba
Assunto: USP apurará ofensas contra alunas em Piracicaba
USP apurará ofensas contra alunas em Piracicaba
Daniel Mello, da AGÊNCIA BRASIL
São Paulo - A unidade de Piracicaba (interior paulista) da Universidade de São Paulo (
USP
) abriu
sindicância para apurar ofensas e a exposição da intimidade de alunas.
Por nota, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) informou que uma comissão está
apurando os fatos a respeito de material com conteúdo inadequado ao ambiente universitário exposto no
mural do centro de vivência do campus.
Fotos e relatos de estudantes divulgados nas redes sociais mostram um cartaz com listas de nomes de
alunas. No material, as jovens são classificadas, com expressões grosseiras, segundo características
físicas e comportamento sexual.
O cartaz tem questões contra as
mulheres
, afrodescendentes e homoafetivas. São valores ou falta de
valores de um grupo que existe dentro da universidade, enfatiza o professor Antonio Ribeiro de Almeida
Junior, que leciona na Esalq e pesquisa os trotes estudantis.
A atitude foi, segundo o professor, desaprovada pelo corpo estudantil. Houve um repúdio muito grande
dentro do campus a tudo isso, destacou. Na avaliação de Antonio, a universidade deve adotar medidas
efetivas contra esse tipo de comportamento.
Eles se sentem impunes, acima dos demais. O que está ligado à questão da distinção: você entra na
universidade e se torna uma pessoa distinta, portanto, melhor do que os outros, acrescentou.
A estudante de gestão ambiental Élice Botelho denunciou o caso nas redes sociais.
Eu me senti ofendida com o cartaz, em primeiro lugar por que poderia ter meu nome escrito nele. Em
segundo, por que são características comuns sendo usadas para inferiorizar outras pessoas, ressaltou.
Para a jovem de 22 anos, é importante protestar contra esse tipo de atitude. Para mim, particularmente,
não ser posicionar contra aquele cartaz é ser conivente com o que ele representa: um caso explícito de
machismo, racismo, lgbtfobia e misoginia.
No final do ano passado, a Assembleia Legislativa de São Paulo instalou uma comissão parlamentar de
inquérito (CPI) para apurar as denúncias de abuso sexual e violência dentro da USP.
Durante as audiências, a comissão recebeu diversos relatos de estupros e trotes violentos dentro da
instituição.
A USP também abriu uma investigação interna sobre os casos. A Faculdade de Medicina chegou a a
proibição da comercialização de bebidas com álcool e a suspensão, por tempo indeterminado, de festas
na faculdade.
Foi criado ainda um Centro de Defesa dos Direitos Humanos, para dar assistência jurídica, psicológica e
de saúde para alunos que se sentirem vítimas de algum tipo de violação.
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