Élice afirmou na rede social que o uso do termo "teta preta" foi o que mais lhe chamou atenção. "Sendo
mulher e negra fico me perguntando o que tem de errado, a ponto de ser usado como uma "brincadeira"
que em tese é para zoar algum aspecto negativo de alguém, o fato de se ter a teta preta. Além do próprio
termo teta, como se fosse de algum animal", escreveu.
E pediu um fim à discriminação. "Basta, porque são coisas como essas que fazem muitas mulheres
negras terem a autoestima extremamente baixa, se sentirem solitárias, não serem desejadas e acabarem
não se relacionando", completou.
A aluna termina o texto convocando os alunos para uma "luta coletiva" contra ações discriminatórias. "Se
não for quem realmente sofre determinada opressão reivindicar seus direitos, não serão aqueles que
estão em privilégio que o farão (...). Somente nos organizando e lutando com muitos outros iguais a nós é
que conseguiremos avançar para uma Esalq, e também uma sociedade, mais igualitária e justa, onde a
diversidade seja um ideal e não um defeito."