Clipping semanal - - page 102

USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Folha de S. Paulo Online
Data: 18/06/2015
Caderno/Link:
cartaz-com-ofensas-a-alunas-da-esalq-em-piracicaba.shtml
Assunto: USP investiga cartaz com ofensas a alunas da ESALQ, em Piracicaba
USP investiga cartaz com ofensas a alunas da ESALQ, em
Piracicaba
Um cartaz com ofensas a alunas da Esalq (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), em
Piracicaba (SP), que foi afixado no campus da universidade, revoltou estudantes e virou alvo de uma
investigação da USP.
Os apelidos pelos quais estudantes do sexo feminino -e até alguns homens- são conhecidos na faculdade
foram listados em uma espécie de ranking afixado no Centro de Vivência do campus. O local lembra um
pátio escolar, com lanchonete, e funciona como ponto de encontro dos estudantes nos intervalos das
aulas.
As características listadas são "buceta fedida", "teta preta" e "sociedade do anel". Ao lado de cada apelido,
há marcas indicativas de quantidade.
Um professor que investiga há 14 anos trote na universidade, Antonio Ribeiro de Almeida Júnior, do
departamento de economia, administração e sociologia, afirmou que o caso é típico de racismo, machismo
e homofobia. Segundo ele, este ano a Polícia Civil já investiga um suposto assédio sexual praticado por
um aluno contra diversas estudantes da instituição.
Reprodução
Cartaz com ofensas a alunas da Esalq afixado no campus da universidade
Trotes violentos são comuns na Esalq. Alunos da faculdade prestaram depoimento à CPI da Assembleia
dos Deputados de São Paulo no começo do ano e relataram até casos de tortura.
A CPI foi instalada em dezembro passado e colheu depoimentos de vítimas de violência. Os casos
também ocorreram na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e na PUC-Campinas. O relatório
final foi aprovado em março deste ano com uma série de recomendações.
A direção da Esalq informou, por meio da assessoria de imprensa, que tomou conhecimento do caso no
início do mês e que criou uma comissão sindicante para apurar os fatos.
O cartaz com termos pejorativos gerou revolta entre as alunas da Esalq e foi retirado do local. Elas
afixaram cartazes de protesto em pontos estratégicos do campus, com manifestações contra o machismo
e o racismo. Os estudantes também se mobilizaram nas redes sociais.
A aluna Élice Botelho escreveu no Facebook: "Percebi que os níveis de machismo, lgbtfobia e racismo
da Esalq não param de piorar". Ela criticou o uso do termo "teta preta" e afirmou que há boatos de que o
ranking foi feito em duas repúblicas para alunos do sexo masculino.
À
Folha
a estudante disse que espera que a universidade se conscientize dos problemas para combatê-
los da forma mais eficiente. "Não acredito que essa sindicância vá dar algum resultado, porque é difícil
identificar quem fez o cartaz. Mas a gente espera punição e uma ação educacional, pedagógica, da
universidade, para que novos casos não se repitam."
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