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máquina, o momento da aplicação e as condições ambientais não estarão
agindo de forma isolada. A interação destes fatores é a responsável
direta tanto pela eficácia como pela segurança das aplicações. Qualquer
uma destas interações que for desconsiderada, ou equacionada de
forma errônea, poderá ser a responsável pelo insucesso da operação.
Consideramos aqui a interação produto-pulverizador, por ser uma das
que mais frequentemente causam problemas no campo.
1.3.1. Preparo da calda
A busca pela otimização da capacidade operacional dos pulverizadores
tem incentivado a aplicação de caldas cada vez mais complexas,
notadamente devido ao uso de misturas contendo os produtos
fitossanitários, adjuvantes e adubos foliares. Apesar desta prática ser
questionável em alguns casos, devido ao potencial desconhecimento
dos técnicos quanto à compatibilidade dos produtos misturados, seu
uso é cada vez mais frequente. Um agravante para este processo é a
concomitante redução do volume de calda, o que torna a mistura em
reduzida quantidade de água um desafio técnico bastante complexo.
Sempre que possível, portanto, é recomendável buscar informações
junto aos fabricantes dos produtos sobre eventuais incompatibilidades
na composição da calda.
É comum a recomendação de que as misturas complexas (principalmente
com grandes quantidades de adjuvantes de base oleosa) sejam validadas
antes de sua efetivação nos tanques dos pulverizadores através do que
se convencionou chamar de “teste da garrafa”.
Apesar de não haver norma técnica ou procedimento padronizado para
este teste, o mesmo é frequentemente descrito no campo como uma
“mistura prévia dos produtos na exata proporção esperada no tanque”.
Neste sentido, o operador deve proceder a mistura dos produtos em uma
escala reduzida, simulando a sequência de mistura e as proporções dos
produtos e da água exatamente como ocorreria no tanque do pulverizador.
Esta mistura pode ser feita em garrafas plásticas de refrigerante (garrafas
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