CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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A possibilidade de uso da madeira de eucalipto para diversos fins tem estimulado a
implantação de florestas de uso múltiplo. Dessa forma, muitos estudos estão sendo
realizados para melhor se aproveitar o potencial econômico da floresta, destacando-se
melhoramento de material genético e manejo silvicultural (teste de espaçamentos,
idade de corte e técnicas silviculturais). De modo geral, com o uso múltiplo,
pretendem-se obter de uma área implantada variados tipos de produtos, ou seja,
diferentes finalidades para uma mesma floresta. Maiores esclarecimentos sobre o uso
múltiplo de eucalipto podem ser obtidas no endereço
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(TUME: Teste de Usos Múltiplos do Eucalipto).
A definição da espécie a ser plantada é a primeira etapa de um projeto de
reflorestamento, levando-se em consideração o objetivo da produção (uso da madeira)
e as condições edafoclimáticas (solo e clima) da região. Cada espécie se desenvolve
em um ambiente adequado e por isso é indicado, sempre que possível, realizar testes
para averiguar a adaptação do material ao ambiente, tanto para sementes quanto para
clones. Entretanto, se não for possível a realização de testes, e tampouco houver
dados experimentais da região, sugere-se que a escolha do material genético seja
feita a partir de procedências cujas condições de origem sejam semelhantes ao local
do plantio, sobretudo latitude, altitude, temperatura média anual, precipitação média
anual, déficit hídrico e tipos de solos.
O mercado consumidor é um aspecto fundamental durante o planejamento do projeto
de reflorestamento. É importante conhecer as exigências do mercado quanto à
característica do produto, assim como as técnicas que otimizem a relação
custo/benefício. A obtenção de maior retorno econômico depende da escolha
adequada da espécie. Ainda sobre mercado consumidor, sugere-se que sejam
avaliadas as distâncias entre a área de plantio e as unidades de beneficiamento ou
utilização, pois o custo de transporte é um dos componentes mais caros do preço da
madeira.
Através de um trabalho publicado na Revista Brasileira de Agrometeorologia,
Piracicaba – SP, podemos observar o zoneamento do potencial produtivo do eucalipto
considerando-se as variações climáticas, edáficas e fisiológicas para o estado de
Minas Gerais (Figuras 3 e 4).