CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
Av. Pádua Dias 11. Caixa Postal 9
CEP: 13400-970. São Dimas, Piracicaba – SP.
(19) 3429-4178 –
11
Quanto ao declive
Até 10-12% - O preparo é realizado com subsolador florestal, no sentido perpendicular
á declividade do terreno. Em algumas áreas de reforma, onde o espaçamento e/ou o
alinhamento do povoamento anterior dificultam ou impedem a subsolagem, usa-se o
coveador mecânico.
De 12-35% - O preparo é realizado com coveador mecânico duplo, acoplado a um
trator pneu. Em algumas áreas pequenas, irregulares ou de difícil acesso, o
coveamento é manual.
Maiores que 35% - São abertas covas, manualmente ou com o coveador mecânico
duplo.
Planejamento da época de preparo de solo e de plantio
Dentre as características climáticas de uma região, os índices pluviométricos
(quantidade, distribuição e intensidade) estão entre os fatores que mais influenciam na
escolha do método de preparo de solo. O poder erosivo das chuvas aumenta nos
períodos mais chuvosos. Nesta época, elas são mais concentradas e, geralmente, de
maior intensidade. Em função disso, de preferência, deve-se programar o preparo de
solo para os períodos de menores índices pluviométricos, sobretudo, para as áreas de
solos mais susceptíveis à erosão (por exemplo, aqueles com horizonte B textural ou B
incipiente). Quanto mais concentradas e intensas as chuvas, e quanto mais
susceptíveis à erosão forem os solos, menos se deve revolver as camadas do solo e
incorporar os resíduos vegetais. As áreas mais íngremes, onde ocorrem os solos mais
jovens (em geral, menos permeáveis), devem ser preparadas, preferencialmente, nos
períodos de menor índice pluviométrico. Ainda com respeito às implicações climáticas
sobre o preparo do solo e plantio, é oportuno relacionar algumas vantagens e
desvantagens do chamado “Plantio de Inverno” (preparo de solo e plantio realizado na
estação mais fria e seca).
Vantagens
- Menor risco de erosão;
- Menor perda de nutrientes por lixiviação;
- Maior sobrevivência das mudas (baixas temperaturas e menor atividade das pragas);
- Rendimentos operacionais mais elevados;
- Menor competição das mudas com as plantas invasoras;
- Ampliação do período de plantio, reduzindo a demanda temporal de mudas no
viveiro.
Desvantagens
- Crescimento inicial menor e mais heterogêneo;
- Maior risco de geada;
- Maior necessidade de irrigações;
- Dificuldade de preparo de solos mais argilosos e densos, quando mais secos.