CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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Tabela 3. Recomendações de adubação potássica para florestamentos com espécies
de Eucalyptus (em função do teor de argila).
Teor de Argila (%)
Gênero
Nível de K (mq/100cm³)*
0 - 0,7 0,8 - 1,5
>1,5
< 15
Eucalyptus
50
30
0
15 – 35
Eucalyptus
60
40
0
> 35
Eucalyptus
80
50
0
* 1 meq/100 cm³ = 10 mmol/dm³, (Gonçalves, 2005).
Para evitar a perda de nutrientes por volatilização, lixiviação, imobilização e erosão
recomenda-se que a adubação seja feita de forma parcelada, parte por ocasião do
plantio e o restante em cobertura.
Recomendação adubação de Base
De acordo com Gonçalves (1995), para evitar perda de nutrientes por volatilização,
lixiviação, imobilização e erosão, recomenda-se que a adubação seja feita de forma
parcelada, parte por ocasião do plantio e, o restante, em cobertura.
Ainda segundo o mesmo autor a adubação de plantio terá como finalidade principal
promover o arranque inicial de crescimento das mudas basicamente nos primeiros 6
meses pós plantio, suplementando o solo com montantes adicionais de nutrientes, que
irão atender a demanda nutricional das mudas. Ela é tão mais importante quanto maior
for a deficiência de nutrientes do solo.
Seguindo as recomendações expressas de Gonçalves (1995), para a adubação de
plantio, recomenda-se que 20 a 40% das doses de N e K
2
O e, 100% da dose de P
2
O
5
,
sejam aplicadas por ocasião do plantio. Nesta adubação também podem ser aplicados
os micronutrientes, principalmente, B e Zn. Estes nutrientes podem ser aplicados
conjuntamente com o N, P e K, através de formulações de fertilizantes que os
contenham 0,3% de B e 0,5% de Zn, ou então, aplicar 10 g de FTE ("Fritas") por
planta no ato do plantio.
Recomendação adubação de Cobertura
Seguindo as diretrizes de Gonçalves (1995), cerca de 60 a 80% das doses de N e K
2
O
e opcionalmente, P
2
O
5
, tem sido recomendadas com fertilização de cobertura. Estas
doses têm sido parceladas, geralmente, entre 2 a 4 aplicações. Para definir as épocas
de aplicação dos fertilizantes é fundamental considerar as fases de crescimento da
floresta: antes do fechamento, durante o fechamento e após o fechamento das copas;
o que tem estreita relação com as demandas nutricionais das árvores, como discutido
anteriormente.
Quanto mais inicial for a fase de crescimento das árvores, maior a dependência das
mesmas das condições de fertilidade dos solos, pois, além do sistema radicular ser
reduzido, ainda em formação, as taxas de ciclagem bioquímica - no interior das
árvores e biogeoquímica de nutrientes - no sistema solo-árvore-serrapilheira - são
irrisórias. Diante destas considerações, para florestas de rápido crescimento, com