Resposta Técnica - page 4

CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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USP - ESALQ
normalmente apresentam temperaturas noturnas mais baixas, prejudicando a exploração
desta cultura.
Com relação ao solo, a textura e a drenagem são as variáveis mais importantes na
implantação de um cultivo de pupunha. Os solos preferenciais são os arenosos ou areno
argilosos, ou seja, leves e bem drenados, pois a pupunheira não tolera solos
encharcados. O cultivo da pupunheira vem tendo bom comportamento em solos ácidos e
de baixa fertilidade, mas tecnicamente é aconselhável que esses sejam corrigidos e
adubados adequadamente. Para que seja otimizada a eficiência dos nutrientes o pH deve
se manter entre 5,5 e 6.
Quanto à topografia, deve-se preferir áreas planas ou levemente onduladas, o que facilita
o plantio, manejo, colheita e transporte do palmito.
Preparo de covas
Quando estabelecido em solos de textura arenosa a média, o plantio pode ser feito em
cova com dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm. Nos de textura argilosa, além das
covas, pode-se usar sulcos. Caso a decisão seja por abertura de cova, as dimensões
podem ser as mesmas anteriormente mencionadas. Solos de textura muito argilosa ou
compactados devem ser evitados, visto que dificultam o crescimento das raízes.
Produtividades elevadas são obtidas quando a espécie é cultivada em solos profundos,
bem drenados, ricos em matéria orgânica, com textura média a argilosa, topografia plana
a ligeiramente ondulada e com nível de fertilidade de média à alta.
Controle de pragas
As pragas que ocorrem no plantio de pupunha são as mesmas que atacam plantios de
coco (Cocus nucifera), dendê (Elaeis guineensis) e nas populações de piaçava (Atalea
funifera), entre outras palmeiras.
No campo pode ocorrer o ataque de um besouro grande do gênero Rhyncophorus. No
estádio larval, eles formam galerias alimentando-se dos tecidos meristemáticos causando
a morte da planta. Além dos danos físicos, esse inseto pode transmitir o nematóide que
causa a doença conhecida como “anel vermelho”, muito comum em plantios de coco e
dendê, porém não detectada ainda em plantios de pupunha. Para controlar a população,
recomenda-se distribuir no plantio armadilhas compostas de pedaços de cana-de-açúcar
ou palmito, e feromônio do R. palmarum. O tipo de armadilha varia entre balde plástico,
pet de 2 litros, ou outro tipo de embalagem plástica que possa ser reutilizada. A abertura
da armadilha deve ser “fechada” com funil para evitar a fuga dos insetos e evitar o uso de
inseticida. A coleta dos insetos e a troca das iscas são feitas semanalmente e o
feromônio de 60 a 90 dias. O número de armadilhas por hectare depende do grau de
infestação. A aplicação dos fungos Beauveria e Metarrizium nos restos da cultura e dos
resíduos da colheita, é outro sistema de controle biológico do Rhynchophorus e tem
apresentado bom resultado, pois uma vez
aplicado, são facilmente colonizados no
ambiente garantindo assim a proteção contínua e ininterrupta do plantio ao ataque
desses besouros.
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