USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: G1
Data: 11/02/2015
Caderno/Link:
Assunto: Mãe de calouro da USP de Piracicaba diz que está desesperada com trotes
Mãe de calouro da USP de Piracicaba diz que está desesperada com
trotes
Leonardo Junqueira acompanhado da mãe e da vó (centro) durante matrícula
Estou desesperada, disse a mãe de um calouro de Engenharia Agrônomica da Escola Superior de
Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba (SP), sobre as recentes denúncias de
trotes violentos nas universidades. Na fila para acompanhar o filho durante a matrícula na manhã desta
quarta-feira (11), a comerciante Eny Vilela Botelho Junqueira, de 54 anos, diz que nem o orgulho pela
aprovação do rapaz ameniza a preocupação.
TROTE DE CALOUROS Veteranos recebem aprovados na USP.
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trote na unicamp
É um misto de alegria e apreensão. Soube das investigações e dos relatos de abusos pelos jornais
recentemente. Não imaginei que isso acontecesse", afirmou a comerciante. Mesmo sabendo que a
direção tenta coibir os trotes dentro do campus, ela disse: Não dá para ficar tranquila.
O calouro Leonardo Vilela Junqueira, de 22 anos, é de São Paulo (SP) e será a primeira vez que deixará a
família para viver sozinho em outra cidade. Ele admite que também está preocupado com os trotes e com
os desafios da vida acadêmica.
Estou preocupado, mas essa experiência trará aprendizados, inclusive sobre como impor nossos limites
durante as atividades de integração. Eu me esforcei muito para passar e me sinto muito feliz por estar
aqui, disse.
O jovem Reinaldo Doniseti Pinto, de 17 anos, também viajou com a família de Leme (SP) para a matrícula
e recepção dos ingressantes em Piracicaba. Aprovado no curso de Engenharia Florestal, ele disse já se
inscreveu para as vagas da moradia estudantil da universidade. Rodeado de veteranos, ele já não
conseguia contar quantos contatos e convites para visitar repúblicas tinha em mãos. Emoção, felicidade e
adrenalina, é assim que me sinto, afirmou.
Reinado Doniseti segura os cartões com contatos de repúblicas (Foto: Claudia Assencio/G1)
Em relação aos trotes, o calouro está seguro da postura que tomará em caso de abuso. A integração e até
as brincadeiras são bem-vindas, desde que sejam saudáveis e respeitem o limite do outro. Não se pode
permitir tudo. O pai do ingressante, Ronaldo Doniseti Pinto, de 38 anos, também demonstra apreensão.
Quando li sobre possíveis envenenamentos e agressões, fiquei assustado, mas eu sei da formação e
estrutura que ele tem, apesar da pouca idade.
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