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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Esteta
Data: 08/04/2015
Caderno/Link:
Assunto: Arborização urbana influencia conforto e saúde humana: Pesquisa realizada em
Campinas, SP, propõe qualificar espaços urbanos em relação à arborização existente
Arborização urbana influencia conforto e saúde humana: Pesquisa
realizada em Campinas, SP, propõe qualificar espaços urbanos em
relação à arborização existente
Pesquisa avalia a interferência de áreas verdes no conforto e na saúde humana
Determinar as influências da arborização urbana no bem estar físico (conforto térmico) e no bem estar
psicológico foi a proposta da pesquisa de Léa Yamaguchi Dobbert, pós-graduada em Recursos Florestais
pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. O estudo, orientado
pelo professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, do Departamento de Ciências Florestais, propõe
também, qualificar espaços urbanos em relação à arborização existente.
O objetivo foi avaliar a interferência de áreas verdes inseridas nas cidades, corroborando outros estudos
realizados sobre os efeitos da arborização urbana no conforto e na saúde humana, afirma Léa.
O projeto, desenvolvido na cidade de Campinas (interior de São Paulo), avaliou o conforto térmico e o
bem estar dos usuários de quatro áreas com características distintas em relação à tipologia das
edificações, à cobertura arbórea, à população residente e outras características físico-espaciais: o Centro,
o Cambuí, o Jardim das Paineiras e a Comunidade Vila Brandina. Entrevistas foram realizadas com as
populações das diferentes áreas sendo aplicados dois tipos de questionários. O primeiro, analisando a
ensação térmica, e o segundo, relacionado à percepção, explica a pesquisadora.
Conforto térmico
Outro aspecto relevante, que contribui para a realização da pesquisa, é a utilização de dois índices de
avaliação de conforto térmico (PMV Predicted Mean Vote e PET- Physiological Equivalent Temperature)
obtidos por meio do modelo Ray Man Pro. A realização das entrevistas ajudou a verificar se os resultados
obtidos por meio dos índices PMV e PET correspondiam à real sensação de conforto térmico relatada
pelos entrevistados. Uma estação meteorológica portátil aferiu os dados climáticos ( temperatura do ar,
umidade relativa do ar, temperatura de globo e velocidade do vento) utilizados no cálculos de ambos os
índices.
Entre as quatros áreas analisadas, o bairro Jardim das Paineiras, que possui maior quantidade de
cobertura arbórea, apresentou temperatura ambiente mais baixa e umidade relativa mais alta que as
demais. Segundo a pesquisadora, foi realizado um estudo de simulação por meio do programa ENVImet e
pôde-se constatar que a cada acréscimo de 10% de copa de árvore, obtêm-se redução de 1C.
Até o momento, não existe um valor especifico de área verde adequada padrão, mas alguns estudos
indicam a quantidade desejada de áreas verdes por habitante. Outros estudos podem ser realizados com
a finalidade de apresentar um índice mais adequado às realidades específicas de cada local avaliado. O
que esta pesquisa conseguiu comprovar foi a estreita relação entre aumento de quantidade de cobertura
arbórea e redução da temperatura do ar, além de maior sensação de bem estar em áreas providas de
vegetação finaliza Léa.
Populações de diversas regiões, há anos, modificam o espaço natural que habitam para atender
necessidades individuais e coletivas. Essas transformações provocam impactos ambientais negativos e
afetam os usuários do espaço urbano. A redução de áreas verdes no ambiente urbano é hoje, um dos
principais problemas causados por alterações humanas prejudicando a qualidade de vida das pessoas.
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