USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: ABC - Academia Brasileira de Ciências
Data: 09/04/2015
Caderno/Link:
Assunto: José Roberto Postali Parra é premiado por contribuição à citricultura
José Roberto Postali Parra é premiado por contribuição à
citricultura
O Acadêmico e professor José Roberto Postali Parra, do Departamento de Entomologia e Acarologia da
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ), recebeu placa de homenagem do Fundo
de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), durante inauguração de laboratório de Controle Biológico, em
Araraquara (SP), no dia 25 de março. A homenagem aconteceu pela contribuição do professor em
pesquisas na área da Citricultura e pelo desenvolvimento de metodologia de controle biológico do
greening (huanglongbing/HLB), doença dos citros transmitida pelo inseto Diaphorinacitri.
O método foi desenvolvido após a grande incidência da praga, que levou à erradicação de cerca de 38
milhões de árvores no Brasil e quase dizimou a citricultura em vários países. Parra criou a vespinha
Tamarixiaradiata, que parasita o inseto transmissor do greening em sua fase de ninfa. Segundo o
professor, o objetivo é utilizar o controle biológico nas áreas de foco de contaminação, fora das plantações
comerciais. "Como os produtores aplicam muito inseticida nos cultivos, seria impossível conseguir realizar
um controle nesses locais, pois o produto também mataria o agente de controle da praga", explicou o
professor. As áreas com foco de contaminação, em São Paulo, representam cerca de 12 mil hectares.
O inimigo natural é criado na murta (Murrayapaniculata), planta ornamental comum como cerca viva e em
cemitérios, e onde o transmissor do greening é comumente encontrado. A biofábrica do Fundecitrus
passou a utilizar o sistema de criação de Parra, por meio de um núcleo de produção desse inimigo natural.
"Cada biofábrica dessa tem a capacidade de produzir 100 mil insetos benéficos por mês, portando, para
atingir toda a área de foco de contaminação, são necessárias mais ou menos de 4 a cinco biofábricas.
Esperamos que isso aconteça logo, pois a metodologia está sendo liberada em diferentes locais e trata-se
de uma pesquisa com retorno direto ao agricultor", afirmou Parra.
Para o professor, é muito gratificante ser homenageado dessa forma. "Fiquei muito contente e lisonjeado.
É um reconhecimento ao trabalho e nos dá a sensação do dever cumprido".
(Ascom USP ESALQ / Foto: Fundação Bunge)
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