NA COPA
Em 2013, o laboratório analisou a fertilidade do solo de quatro estádios que foram usados
durante a Copa do Mundo do Brasil no ano passado Itaquerão (São Paulo), Arena das Dunas (Natal),
Arena Pantanal (Manaus) e Beira Rio (Porto Alegre). A análise foi feita antes da plantação do gramado.
Neste caso, em que o gramado é muito utilizado, o solo tem de ser de altíssima fertilidade. E eles eram,
afirmou Alleoni.
Também já analisamos o solo de estádios de times como o XV de Piracicaba, Santos e Palmeiras.
Em 2012, o serviço realizado pelo laboratório teve os padrões ainda mais elevados diante da certificação
da ISO 17.025 que, segundo o professor, foi creditada a menos de dez laboratórios deste tipo em todo o
país.
O laboratório ainda tem o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
CRISE HÍDRICA
Vicechefe do departamento, professor Miguel Cooper, que atua na área de erosão e
conservação do solo, afirmou que os projetos de pesquisa são aplicados a problemáticas reais.
Algumas das pesquisas que fazemos com erosão e conservação do solo refletem muito na questão da
crise hídrica. Se você está enchendo o rio de sedimentos, ele vai ter menos capacidade de armazenar
água. Se o solo é degradado, a água que deveria infiltrar nele e ir para o lençol freático, abastecendo
nascentes e rios, isso não acontece. Um reflexo das pesquisas que a gente pode fazer aqui é justamente
buscar alternativas de manejo e conservação do solo que favoreçam a produção de água, afirmou Cooper.
Os reflexos da seca que tivemos não são só por causa da chuva. Um ano sem chuva não explica uma
seca desse tamanho. Outros fatores influenciam e um deles é essa parte de conservação do solo.
Além de realizar e orientar pesquisas, são oferecidos estágios para alunos de graduação dos cursos
coordenados pelo departamento Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Gestão Ambiental e
Ciências Biológicas.
Temos a oportunidade de levá-los para atividades profissionalizantes no campo.
O Departamento de Ciências do Solo conta ainda com dois projetos importantes de extensão.
O Solo na Escola, há cerca de dez anos, faz demonstrações para estudantes de ensino fundamental e
médio de Piracicaba.
Aproveitamos uma estufa que era desativada e realizamos visitas, com presença de monitores, e fazemos
uma série de demonstrações, como formação de solo e cor de solo, informou o professor.
Existe também o projeto Ponte, com temáticas específicas e que leva conhecimentos para escolas
públicas, através de capacitação de professores e uma série de atividades com os alunos, como palestras
e atividades em campo.
É uma interação com o objetivo de levar o conhecimento da universidade para o ensino público.
