USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Agência USP de Notícias
Data: 12/05/2015
Caderno/Link:
Assunto: Pesquisa utiliza água salina para irrigação de mini melancias
Pesquisa utiliza água salina para irrigação de mini melancias
Alessandra Postali, da Assessoria de Comunicação da Esalq
Estudo mostra que a cultura de mini melancia não é tão sensível à salinidade
Experimentos realizados Programa de Pós-graduação (PPG) de Engenharia de Sistemas Agrícolas, do
Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)
da USP, em Piracicaba, teve como objetivo avaliar os efeitos da salinização e do incremento de CO2
atmosférico, especificamente na cultura de mini melancia. A pesquisa é do engenheiro agrônomo e mestre
em Engenharia Agrícola, Alan Bernard Oliveira de Sousa, que teve como orientador o Sérgio Nascimento
Duarte.
É muito comum encontrar, nas regiões semiáridas, problemas relacionados à salinização de água e do
solo. Em algumas localidades, existe água de baixa qualidade que não pode ser utilizada para o consumo
humano a não ser que passe por um processo de dessalinização e os dessalinizadores ainda são
onerosos e precisam de manutenção especializada. Ao mesmo tempo, o incremento de gases causadores
do efeito estufa, como é o caso do CO2, pode afetar o desenvolvimento dos vegetais.
Sousa explica que, na escolha da cultura para desenvolver a tese, procurou eleger aquelas que pudessem
ser produzidas em ambiente protegido (casa de vegetação). “Apesar da melancia, de uma forma geral, ser
uma planta de comportamento rasteiro, um trabalho realizado pelo Departamento de Produção Vegetal da
Esalq e publicado como cartilha, apresenta metodologia para condução vertical de mini melancia, ideal
para produção nesse ambiente protegido”, afirma. Segundo o pesquisador, a mini melancia apresenta,
também, maior valor agregado em comparação à melancia comum. “Ela possui tamanho menor, cultivares
com ausência de semente, entre outras características que facilitam seu consumo por famílias pequenas
ou individualmente”, acrescenta. Além disso, a fruta apresenta maior adaptação às características
climáticas das regiões semiáridas, sendo produzida, principalmente, em estados da região Nordeste do
país.
Estresse e salinidade
O estudo foi divido em duas etapas, sendo a primeira desenvolvida no Departamento de Engenharia de
Biossistemas e direcionada a avaliar as características da planta em relação à concentração de sais na
água de irrigação, sem que a produção fosse afetada. Além disso, observou-se a resposta da cultura ao
estresse ocasionado pela salinidade. “Foi avaliado o desenvolvimento da mini melancia até a obtenção do
fruto, verificando se houve algum efeito na sua qualidade”, conta Sousa. Neste experimento, foi possível
verificar que a cultura possui tolerância moderada à salinidade, semelhante à melancia comum. “Isso quer