USP ESALQ – DIVISÃO DE COMUNICAÇÃO
Veículo: Agência FAPESP
Data: 29/02/2016
Caderno/Link:
parasitam_pragas_agricolas/22751/
Assunto: Estudo estima eficiência em campo de insetos que parasitam pragas
agrícolas
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Estudo estima eficiência em campo de insetos que parasitam pragas agrícolas
Elton Alisson | Agência FAPESP
Um grupo de mais de 30 espécies de vespas do gênero Trichogramma é um dos mais utilizados
hoje no mundo em programas de controle biológico por países que são grandes produtores
agrícolas, como o Brasil, para combater pragas que atacam culturas como cana-de-açúcar, milho,
soja, algodão e tomate.
Contudo, a avaliação do desempenho em campo de linhagens de uma mesma espécie dessas
vespas, que parasitam mais de 200 espécies de pragas da ordem Lepidoptera – como as
lagartas que atacam as lavouras –, é difícil em razão de seu tamanho, de aproximadamente 0,5
milímetro.
O tamanho diminuto e o fato de serem parasitoides impossibilitam, por exemplo, marcá-las com
um corante antes de serem liberadas em uma lavoura, para verificar posteriormente se fixaram se
dispersaram pela plantação e se estão controlando uma determinada praga que se deseja
eliminar.
Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São
Paulo (Esalq-USP), em colaboração com colegas da University of California em Riverside, nos
Estados Unidos conseguiram superar essa barreira ao estimar o sucesso em campo da liberação
de linhagens de vespas Trichogramma pretiosum Riley, usada largamente no Brasil para
controlar pragas da soja e do tomate, usando uma técnica de biologia molecular.
Resultado de uma pesquisa de doutorado realizada com
da FAPESP, a aplicação do
método foi descrita em um artigo publicado na revista PLoS One.
“A técnica de biologia molecular que usamos para estimar o desempenho em campo de
linhagens de Trichogramma pretiosumRiley talvez possa ser usada em outras espécies
de Trichogramma”, disse Aloisio Coelho Junior, autor da pesquisa, à Agência FAPESP.
De acordo com ele, que realizou a pesquisa sob orientação do professor José Roberto Postali
Parra, da Esalq-USP, a técnica consiste no uso de fragmentos do DNA mitocondrial como
marcadores genéticos para diferenciar linhagens de Trichogramma pretiosum Riley e estimar as
que podem ter melhor ou pior desempenho em campo.