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USP ESALQ – DIVISÃO DE COMUNICAÇÃO
Veículo: Agência USP de Notícias
Data: 01/03/2016
Caderno/Link:
Assunto: Artigo traz evolução do cultivo de hortaliças no Brasil
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Artigo traz evolução do cultivo de hortaliças no Brasil
Por
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A olericultura brasileira teve início assim que as caravelas de Cabral aportaram por aqui
Paulo Cesar Tavares de Melo, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq) da USP, em Piracicaba, acaba de publicar o artigo “Olericultura brasileira: do
descobrimento ao século XXI”. Escrito em parceria com Arlete Melo, pesquisadora do Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), o texto traça uma linha do tempo da olericultura (cultivo de
hortaliças) brasileira da descoberta do Brasil ao presente. O artigo é derivado de uma palestra
ministrada pelo professor em maio do ano passado no Instituto Superior de Agronomia (ISA) da
Universidade de Lisboa e foi publicado na edição 119 da revista da Associação Portuguesa de
Horticultura (APH), de dezembro a janeiro de 2016.
A olericultura brasileira teve início assim que as caravelas de Pedro Álvares Cabral aportaram por
aqui. “Na carta de Caminha, há o registro pioneiro do consumo de hortaliças no Brasil, relatando
que os tupiniquins consumiam inhame — que na verdade era a mandioca — e palmito”, comenta
Tavares de Melo, professor do Departamento de Produção Vegetal da Esalq.
Além da carta de Caminha, o artigo aponta que outra documentação de relevante importância
sobre a alimentação da época colonial foi legada pelo conde Maurício de Nassau. “Quando
chegou a Recife, em 1637, para assumir o cargo de Governador-Geral dos domínios
conquistados pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais no Nordeste, Maurício de
Nassau trouxe o jovem pintor Albert Eckhout em sua comitiva que, em suas naturezas mortas,
deixou um registro de inestimável valor histórico retratando as frutas e hortaliças cultivadas no
Brasil nesse período”.
Durante o período escravagista, foram introduzidos produtos como inhame, quiabo, jiló, maxixe,
melão, cachi, vinagreira, melancia, entre outras hortaliças que faziam parte da dieta dos países
africanos de onde os escravos procediam. “Essas hortaliças tiveram influência marcante na
formação da diversificada e rica culinária brasileira”, explicam os pesquisadores.
Sabores e hábitos
Outras passagens da nossa história, como a chegada da família real acompanhando o Rei Dom
João VI em 1808, contribuíram decisivamente para a introdução de novos sabores e hábitos na
dieta alimentar, especialmente do Centro-Sul. “Em vista disso, intensificaram-se o cultivo e o
consumo de hortaliças no País. Até essa época, o uso de hortaliças era insignificante,
participando de parte da alimentação das famílias abastadas da colônia”.
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