Manejo aplicado à reprodução
Capítulo 6
65
6.1.4.1. Inseminação artificial
As fêmeas que estiverem em cio deverão ser incluídas em um protocolo de inseminação.
Duas possibilidades estão descritas na tabela 1. Utilizam-se duas a três doses de sêmen com
três bilhões de espermatozoides cada, distribuídas durante o cio em intervalos regulares, uma
ou duas vezes ao dia.
Tabela 1: Protocolos de inseminação mais frequentemente utilizados.
Tipo de
protocolo
Descrição
Protocolo de IA em relação a hora 0*
Hora
0
12 h
após
24 h
após
36 h
após
48 h
após
60 h
após
Leitoas
O diagnóstico de cio é realizado
duas vezes/dia e são feitas duas
inseminações, uma de manhã e outra
à tarde.
1ª IA 2ª IA
3ª IA
4ª IA
Fêmeas com
IDC 0
Tanto o diagnóstico de cio como as
inseminações são realizadas apenas
no turno da manhã.
1ª IA
2ª IA
3ª IA
* hora 0 – momento do diagnóstico de cio positivo; IDC – intervalo desmame cio
É fundamental sempre verificar se a matriz continua em cio antes de se fazer a infusão
da dose, pois inseminações após o final do cio aumentam as chances de infecção uterina e
de baixo número de nascidos.
No protocolo com duas doses diárias, as matrizes recebem em média 3,2 doses/cio
e no protocolo de 24 horas de intervalo, esse número é reduzido para 2,2 doses na média
da granja.
A granja deve optar por um desses protocolos considerando as particularidades de seu sis-
tema. Por exemplo, programas com intervalos de 24 h entre doses inseminantes somente devem
ser adotados por sistemas que utilizem sêmen fresco (com máximo de 36 h de armazenamento)
e com equipes altamente treinadas para diagnóstico de cio.
Independemente do protocolo definido, a técnica de inseminação está ilustrada na sequên-
cia de fotos abaixo (figuras 11 a 18).
Figura 10: Edema e hiperemia de vulva e secreção mucosa.