Resposta Técnica - page 5

CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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USP - ESALQ
As sucessivas podas de frutificação consistem em eliminar as varas que já produziram e
substituí-las por outras originadas dos esporões. Das duas brotações dos esporões
seleciona-se, na próxima poda, a mais afastada do braço para ser a futura vara e a mais
basal para ser o esporão. Desta forma, a carga básica é de 6 varas e 12 esporões por
videira. Nas videiras conduzidas em espaldeira pode-se adotar a poda tipo Guyot (vara e
esporão) seguindo, basicamente, o que foi descrito para a latada. Nesse caso, os
esporões devem ficar distanciados cerca de vinte centímetros entre si. Nas videiras
conduzidas em Y, pode-se adotar a poda mista, conforme descrito para a latada, sendo a
vegetação distribuída nos dois planos de sustentação. Geralmente, as varas apresentam
menor número de gemas do que no sistema latada.
- Poda Verde: podem ser subdivididas em:
Desbrota: a eliminação do excesso de brotos promove uma melhor distribuição dos
mesmos, evitando-se a sobreposição de brotos supérfluos, proporcionando uma melhor
distribuição da seiva. Os brotos são eliminados quando estão com 10 - 15 cm de
comprimento, deixando em torno de 2 a 3 brotações bem distribuídas em cada vara e,
sempre que possível, uma na extremidade e outra na base.
Desfolha: é a remoção de folhas que encobrem os cachos, eliminando no máximo
uma a duas folhas por broto, com o objetivo de equilibrar a relação área foliar/número de
frutos melhorando a ventilação e insolação no interior do vinhedo, obtendo maior
eficiência no controle de doenças fúngicas, especialmente em parreirais vigorosos. Essa
operação deve ser realizada com muito cuidado, pois uma desfolha exagerada poderá
causar escaldaduras ou “golpes de sol” nas bagas, comprometer a fotossíntese
ocasionando menor acumulação de açúcares nos frutos e maturação incompleta dos
ramos. Em parreirais onde existe sobreposição de folhas, é necessário que se faça a
desfolha mais intensa, eliminando todas as folhas que não se encontram expostas à luz
solar.
Desponte: a desponta é a remoção da extremidade dos brotos visando a redução da
dominância apical, favorecendo a maturação das gemas basais, equilibrando a
vegetação, aumentando o peso médio dos cachos e a qualidade da uva. A desponta
realizada nos ramos no estádio de início de maturação direciona o fluxo da seiva para os
cachos, evitando que seja direcionada apenas para crescimento vegetativo e, também
promove maior aeração e luminosidade no interior do vinhedo, facilitando o controle
fitossanitário.
Eliminação de “gavinhas” e “netos: na maioria das variedades de uvas de mesa, os
netos não são fertéis, portanto não apresentam qualquer utilidade e, juntamente com as
gavinhas, funcionam como órgãos supérfluos ou desnecessários ”roubando” a seiva que
deveria ser direcionada para brotos e cachos. O crescimento excessivo desses ramos
chamado netos, pode provocar um desequilíbrio nutricional na planta, prejudicando o
desenvolvimento do broto principal.
Eliminação ou desbaste de cachos: consiste
na remoção de cachos florais antes da
floração e dos cachos novos depois dos frutos se formarem. São eliminados os cachos
de ramos mais fracos, com poucas folhas, doentes ou abafados pelo excesso de ramos e
folhas, e ainda cachos com desenvolvimento atrasado em relação aos demais. Sua
finalidade é equilibrar a produtividade, evitando uma sobrecarga, promovendo a obtenção
1,2,3,4 6,7,8,9,10,11,12
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